Com a chegada da Semana Santa, aumenta a procura por pescado em Cruzeiro do Sul, distante 631 km de Rio Branco. No Mercado Municipal do município, a expectativa é da comercialização de mais de 25 toneladas de peixes nesse período. A maior venda é de peixes de cativeiro, o que deve suprir a maior necessidade dos consumidores da cidade.
Luciana Parnaíba é vendedora e decidiu ir ao mercado fazer as compras da Semana Santa para manter a tradição da sua família. Segundo ela, o que não pode deixar de comprar é o peixe, o alimento mais consumido pelos cristãos nesse período.
“A mãe não deixava tomar banho dia de sexta-feira, pentear o cabelo ela não deixava. Carne vermelha nós não comia, só peixe, mugunzá e arroz doce. Carne só sábado”, explica Luciana.
Todos os anos, no Mercado Municipal do Peixe de Cruzeiro do Sul, são comercializadas mais de 25 toneladas de pescado. Para este ano, o presidente da Associação dos Vendedores de Peixe, Francisco Valdecir Rodrigues, alerta que o consumidor venha ao mercado mais cedo, para não ficar sem o alimento, durante a Semana Santa.
“Nós estamos tendo uma enchente aí, mas não vai chegar peixe dessa época. O peixe que vai chegar é dos barcos que já baixou, não baixaram todos. Uma boa parte ainda não baixou, então a gente não tá com a expectativa de muito peixe na ativa, mas estamos esperando o do cativeiro para poder suprir as necessidades. Avisar a população que não deixe pra última hora. Esse ano provavelmente não vai dar a quantidade que a gente esperava”, adverte Rodrigues.
De acordo com os vendedores do local, os consumidores preferem o pescado nativo, trazido dos rios da região, mas na cidade a maior oferta é de peixe de cativeiro. Mesmo assim, o vendedor de peixe José Oliveira, tem a expectativa de boas vendas.
“As pessoas vem mais procurar nesse período, é a semana que o pessoal mais procura e fé em Deus que a venda vai melhorar. Essa é a expectativa dos vendedores”, afirma Oliveira.
Para atender os clientes, os comerciantes de pescado decidiram até fazer uma limpeza geral no mercado. O presidente da associação disse que além de tentar manter a qualidade do peixe, o objetivo dos vendedores é manter o preço do peixe com os mesmos valores praticados em anos anteriores.
“Nós estamos trabalhando para manter o preço como a gente manteve o ano passado. O preço do peixe de açude em torno de R$ 25,00 como a gente comercializou o ano passado, só que se não tiver produtos, você sabe que se tiver aquela procura, eles elevam o preço. Nós estamos trabalhando para manter esse preço”, explica Rodrigues.