A capital Rio Branco enfrentou a segunda maior enchente da história quando o Rio Acre marcou 17,89 metros neste ano.
Com a vazante do manancial, o jornalista acreano Walcimar Junior encontrou artefatos históricos centenários no Calçadão da Gameleira, principal cartão postal de Rio Branco, que revelaram itens que contam a história do Acre.
Foi em uma manhã do último dia 09 de março, que o Walcimar encontrou os objetos em um entulho trazido pela enchente do Rio. Dias depois, no dia 11, já com uma vazante mais intensa, ele conseguiu tocar e analisar os itens de perto.
Entre os objetivos estão uma garrafa do tradicional refrigerante Guarasuco, produzido na Amazônia, em Belém, na década de 60.
Além disso, há ainda telhas de barro provavelmente produzidas em Xapuri na década de 40, durante o ciclo da borracha. É possível ver o nome do município cravado nos itens.
A tese de Walcimar é que os objetos teriam sido jogados com os entulhos dos tradicionais casarões abandonados que ficam na Gameleira, atingidos pela segunda vez consecutiva por uma enchente de grandes proporções.
“Tinha as muringas, usadas para beber água nos filtros de barros, lajotas históricas, pires, xícaras”, contou o acreano.
Walcimar não retirou os objetos do local, que ainda permanecem nos entulhos.
O que diz o Iphan:
Em nota enviada ao ContilNet, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) informou que não tinha ciência sobre o achado dos artefatos históricos, mas, que a partir da denúncia apresentada pelo site, irá investigar o caso.
“Vamos agendar uma fiscalização para irmos até o local averiguar a situação com uma especialista no assunto”, disse o órgão do governo federal.