Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 02:59

Uma briga de gigantes para duas vagas no Senado em 2026

PELO potencial de cada nome que está sendo cogitado para a disputa das duas vagas do Senado em 2026, pode-se dizer que será uma briga de gigantes. Puxando a fila, temos o governador Gladson Cameli (PP), ancorado no apoio de 14 prefeitos eleitos pelo seu partido e pelas máquinas do estado e da prefeitura de Rio Branco. Há o senador Márcio Bittar (UB), que terá o apoio do prefeito Tião Bocalom e buscará ser apoiado pelo governador Gladson. Na fotografia, também, pode estar a deputada federal Socorro Neri (PP), que se articulou bem e participou diretamente no apoio aos prefeitos eleitos pelo partido. Um nome leve, pode lutar para ser o segundo nome de todas as correntes partidárias que estarão na disputa. Deve avaliar antes como estará sua posição nas pesquisas. Neste contexto se encontra o senador Sérgio Petecão (PSD), que quando se acha estar liquidado politicamente, ele se reinventa e entra no jogo eleitoral com chance. Não menospreze o Petecão! E, dentro do cenário estará ainda o ex-senador Jorge Viana (PT), que foi o segundo mais votado na última eleição para o governo do estado. Jorge tem votos pessoais, que extrapolam em muito o muro do PT. O certo é uma coisa: será uma eleição com opções interessantes para o eleitor escolher em 2026, quais os dois nomes para o Senado. Será uma briga de gigantes.

MULHERES EM BAIXA

AS mulheres não se saíram bem na última eleição. A única a se eleger prefeita foi a Rosana Gomes (PP) – em Senador Guiomard – e na capital, só duas mulheres foram eleitas vereadoras. Mulher não vota em mulher, é dedução. O que é uma pena.

MAL NA FITA

O PSD do senador Sérgio Petecão saiu mal na fita da última campanha. Fez apenas um prefeito, no pequeno município de Rodrigues Alves. Pouco.

TEM QUE FAZER POLÍTICA

O PRESIDENTE do PODEMOS, Ney Amorim, terá dificuldade para formar em 2026, uma chapa competitiva para deputado federal. Seu partido não tem um prefeito e nem estrutura nos municípios do interior. O Ney tem de voltar a fazer política, se quer ter chance de ser deputado federal.

COTA DE BURRICE

O MARCUS ALEXANDRE já cometeu uma burrice ao ser candidato a vice-governador, na chapa do Jorge Viana para governador. Vai cometer a segunda burrice, se cair no conto do MDB de disputar o governo em 2026. Deputado estadual é o caminho mais viável para ele ganhar um mandato. Sua cota de burrice chegou ao limite.

SONHANDO ACORDADO

O VEREADOR eleito André Kamai (PT) está sonhando acordado ao focar em fazer uma frente política, com os vereadores de oposição. A maioria deles será cooptada pelo prefeito Bocalom. Conheço os índios da taba.

OLHO NO CARGO

EMPRESÁRIO que esteve na campanha do prefeito Tião Bocalom, trabalha, para colocar o jornalista Rutemberg Crispim no lugar do Ailton Oliveira à frente da SECOM da PMRB. São as conversas de bastidores.

ISSO DEVE SER A META

O MDB não é mais a última bolacha do pacote, para pensar em candidatura própria ao governo em 2026. Tem de focar é em fazer deputados federais, para não ficar com pires nas mãos como na eleição passada. O que rende cota gorda no Fundo Eleitoral, é ter deputado federal. Hoje, o MDB tem zero.

AVALIAR COM PRUDÊNCIA

A DEPUTADA federal Socorro Neri (PP) tem de avaliar com prudência seu futuro político. Não pode ir para um outro partido, sem que seja como presidente e tendo carta branca para montar uma executiva com um primeiro secretário da sua confiança. E, tem de ser uma sigla de tradição.

NÃO TEM ESPAÇO

CASO a deputada federal Socorro Neri (PP) pense em disputar uma das duas vagas do Senado, não pode ficar no PP. O partido não cometeria a burrice de ter dois candidatos da sigla, disputando o mesmo espaço político. Ela e o governador Gladson Cameli.

COMEÇO DA QUEDA

QUANDO o PT lançou ao Senado dois candidatos da sigla, Jorge Viana e Ney Amorim, foi o início de sua queda política. Ambos morreram abraçados, e o PP não fará a mesma burrada.

PONTO FORA DA CURVA

A MAIORIA esmagadora dos prefeitos que disputaram a reeleição foram reeleitos. O único ponto fora da curva foi a derrota da prefeita de Tarauacá, Néia (PDT). Quem está no poder tem mais chance de continuar no mandato.

NÃO DÁ COMO MENSURAR

VÁRIOS institutos de pesquisas erraram em suas projeções no interior, porque não dá para prever e mensurar a compra de votos na semana da eleição. E todos os candidatos compraram votos, de uma forma ou outra.

NÃO É ARGUMENTO

O PT, quando estava no poder, sempre usou de forma pesada a máquina estatal e municipal a favor de seus candidatos a prefeito e a governador. O PP apenas copiou o modelo. Errado ou não, é do jogo. O Marcus Alexandre (MDB) sabe como era com o PT, não pode reclamar, conhecia as regras da partida.

BEM VOTADA

SEM a benção da máquina municipal, ainda assim a candidata a vereadora Sheila Andrade (PL), foi bem votada, ficando como segunda suplente.

ABAIXO DO ESPERADO

O que ficou abaixo do esperado foi a votação do vereador eleito Joabe Lira (UB). Com a estrutura pesada da equipe do Bocalom na sua candidatura, se esperava que ficasse entre os primeiros mais bem votados. Seu esquema furou ao longo da campanha. É a única explicação.

ERRO DE ESTRATÉGIA

O PSD do senador Sérgio Petecão (PSD) errou na estratégia de dispersar os recursos do partido entre candidatos a prefeito de pequenos colégios eleitorais. Deveria ter centrado o foco financeiro em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, os dois maiores redutos eleitorais do estado. Acabou ficando sem o mel e sem a cabaça.

DUAS PREFEITURAS

O DEPUTADO federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS) saiu da eleição no saldo positivo, seu partido elegeu os prefeitos de Acrelândia e de Feijó.

A GRATA SURPRESA

A GRATA surpresa desta eleição foi a vitória do prefeito Railson Ferreira (REPUBLICANOS), que integra o movimento LGBT. Derrotou os caciques de Feijó e quebrou preconceitos contra sua opção sexual.

PARA COLOCAR A VERDADE

O PP fez seis vereadores na capital. Mas não se pode esconder que quem colaborou de forma direta para a montagem da chapa mais forte da eleição, foi a deputada federal Socorro Neri (PP) e o secretário de Educação, Aberson Carvalho. Vamos ser justos.

COM SERENIDADE

A SERENIDADE com que a prefeita Néia (PDT) reagiu à sua derrota por mais um mandato na prefeitura de Tarauacá, é elogiável. Aceitou como uma vontade de Deus. Sem rancor. Eleição se ganha e se perde, ela soube perder. Pode se levantar mais na frente, porque assim é a política.

NINGUÉM FOI MAIS TRAÍDA

SE a deputada federal Socorro Neri vier a deixar o PP, não pode ser acusada de ser ingrata. Ninguém foi mais humilhada que ela no partido, inclusive, por figuras que vivem da bajulação, que se diziam amigos.

FRASE MARCANTE

“Cultivar a alegria custa menos que a tristeza e traz melhores resultados.” Marques de Maricá.