Protesto foi organizado por ativistas e autoridades locais em Lviv, na Ucrânia. País sofre invasão russa desde 24 de fevereiro
Um protesto contra a morte de crianças na guerra reuniu 109 carrinhos de bebê vazios na praça central de Lviv, na Ucrânia, nesta sexta-feira (18/3).
A manifestação, organizada por ativistas e autoridades locais, pretende simbolizar cada uma das crianças mortas desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 439 escolas foram atingidas por bombardeios, sendo que 63 estão completamente destruídas.
A ONU afirma que o número de vítimas deve ser maior, uma vez que ainda não foi feito um balanço de cidades que sofreram intensos bombardeios, como Mariupol.
Bombardeios continuam
Kharkiv, Kiev e uma área próxima de Lviv sofreram bombardeios russos na manhã desta sexta-feira (18/3), segundo autoridades ucranianas. Nas duas primeiras cidades, houve mortes, enquanto na terceira um centro de manutenção de aviões foi atingido.
Por volta das 8h40 (horário da Ucrânia), em Kharkiv, um prédio que abrigava uma instituição de ensino superior, com seis andares, tornou-se alvo dos russos, assim como dois edifícios residenciais vizinhos. Como resultado, uma pessoa morreu e 11 ficaram feridas.
Enquanto isso, em Kiev, pouco depois, resquícios de um míssil acabaram atingindo um edifício residencial no distrito de Podilsk. De acordo com informações preliminares dos serviços de emergência, 12 pessoas conseguiram ser resgatadas, com 19 feridas, incluindo quatro crianças. Uma vítima morreu.
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovy, também confirmou que mísseis atingiram uma fábrica de reparos de aviões na região. Segundo Sadovy, vários disparos foram feitos e destruíram um prédio. Felizmente, não houve mortes.
As autoridades ucranianas apontam que a intensidade dos ataques russos se encontra em uma escalada assombrosa, inclusive com hospitais, escolas, casas e até abrigos como alvos. Ao menos quatro grandes cidades ucranianas estão em colapso. Faltam água, luz, aquecimento, comunicação (internet e telefone) e comida.
Enfrentam a situação mais dramática Kiev, capital e coração do poder; Kharkiv, a segunda maior cidade do país; Mariupol, que está sitiada há 10 dias e tem vivido ataques maciços; e Kherson, onde russos alegam ter tomado o poder.