Desde dirigir um carro pela Escadaria Espanhola de Roma até surfar no Grande Canal de Veneza e destruir esculturas no Vaticano, alguns turistas vêm tratando a Itália como se fosse seu parque temático pessoal.
Agora, após uma turista da República Tcheca tomando sol de topless em um memorial de guerra e americanos mergulhando nuas nos canais de Veneza, três visitantes da Costa Amalfitana parecem prontos para serem acusados de “atos obscenos” depois que uma mulher foi pega encenando uma sessão de fotos nua improvisada nos degraus da catedral de Amalfi.
Na manhã de segunda-feira (17), por volta das 7h30, a mulher foi flagrada por moradores horrorizados posando para fotos com apenas uma faixa vermelha cobrindo sua frente, às portas da catedral, que foram fundidas em 1067 na então Constantinopla, e abaixo um mosaico de Santo André, cujas relíquias dizem estar alojadas no interior.
O local da filmagem foi particularmente doloroso para os membros da comunidade, disse a historiadora de arte e escritora Laura Thayer, que mora em Amalfi e escreve o blog Ciao Amalfi.
“O fato de ter acontecido na igreja foi o que tornou o episódio tão chocante”, disse ela à CNN.
“O Duomo é um local de culto e um lugar muito próximo do coração dos amalfitanos. Esse pano de fundo específico toca a memória histórica dos locais. As portas de bronze remontam aos dias da República de Amalfi. Essas portas abrem para procissões, para casamentos, para funerais — momentos que fazem a vida”.
“Sim, é lindo, mas Amalfi é muito mais do que um belo pano de fundo para uma foto nas redes sociais”.
Uma mulher local que filmou o evento pode ser ouvida chamando os turistas de “loucos”. “Nu na igreja”, diz ela, incrédula.
