Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 08:45

Talibã revisa casos de divórcios e obriga afegãs a voltarem para ex-maridos que cometeram abusos

Mulheres afegãs que se divorciaram de seus maridos abusivos foram obrigadas a retornarem para os ex-parceiros. O governo Talibã segue uma interpretação rigorosa do islã e adotou restrições severas contra as mulheres, o que a ONU chamou de “apartheid de gênero”. Advogados afirmaram que muitas foram arrastadas de volta a casamentos abusivos após a anulação de seus divórcios. No Afeganistão, nove em cada 10 mulheres sofrem violência física, sexual ou psicológica por parte de seus companheiros, segundo a missão da ONU no país. O divórcio, no entanto, geralmente é mais tabu do que os abusos e a sociedade é impiedosa com as mulheres que deixam seus maridos. Com o governo anterior, as taxas de separação aumentavam paulatinamente em algumas cidades, onde os poucos progressos nos direitos femininos se limitavam à educação e aos empregos. Mas desde que o Talibã chegou ao poder em 2021, as coisas mudaram, pois eles passaram a anular os divórcios.