A jovem Rayane da Costa Brilhante, de 20 anos, teve a prisão preventiva decretada na tarde dessa segunda-feira (30), após passar por audiência de custódia. Ela foi encaminhada ao presídio feminino de Rio Branco. Rayane foi presa em flagrante no domingo (29), após matar Edlyn Vitória da Silva Bezerra, de 18.
O crime ocorreu após uma discussão, no Bairro Canaã, Segundo Distrito de Rio Branco, em uma chácara na Avenida Amadeo Barbosa. Outras duas pessoas também ficaram feridas, um homem de 25 anos e outra jovem de 22.
A suspeita de homicídio e tentativa de homicídio teria cometido o crime por causa de ciúmes do ex que também foi ferido. Em depoimento, ela afirmou que estava em surto psicótico e que não lembra de ter matado Edlyn e ferido os outros dois jovens, segundo informou o promotor Talles Tranin, da 14ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC).
“A flagranteada foi apresentada para audiência de custódia e afirmou no seu depoimento que estava em crise psicótica e que não recorda do homicídio nem das duas tentativas. Mesmo com esta justificativa, o Ministério público entendeu que estavam presentes os requisitos da prisão preventiva, no artigo 312, para garantia da ordem pública e requereu a prisão dela que foi deferida pelo juízo. Então, a flagranteada foi enviada para o presídio feminino aqui da capital”, disse Tranin.
‘Inconsolável’
Ediane Moreno, que é tia da vítima, disse ao g1 que Edlyn deixou um filho de dois anos e começaria a cursar a faculdade de pedagogia nessa segunda (30) e quando foi à festa disse que seria uma despedida porque se dedicaria aos estudos, mas teve os planos interrompidos.
“Não conhecia essa moça, só o rapaz que era amigo dela, e ele sempre chamava ela para sair, a outra moça também era amiga dele. Ela disse que nesse final de semana ia se divertir, porque depois não teria mais tempo porque ia se dedicar aos estudos. Ia seguir a mesma profissão do pai dela. Todo mundo foi pego de surpresa”, lamentou a tia.
Ediane disse ainda que a mãe da jovem estava morando fora do estado e precisou viajar as pressas e a avó que fazia tratamento de câncer em Rondônia também teve que se deslocar para Rio Branco e que a família está inconsolável.
“A gente fica inconsolável porque ela não era de briga. Só gostava de se divertir, não fazia mal a ninguém. Foi mãe cedo.”