José Luciano Costa e Silva deixou Benfica para assinar com Al-Hada Club para temporada 2023/2024. Acreano vai fazer parte do primeiro time de handebol do clube saudita
Natural do município de Rodrigues Alves, distante 627 km da capital Rio Branco (AC), o jovem atleta de handebol José Luciano Costa e Silva, 23 anos, foi anunciado recentemente pelo clube saudita Al-Hada Club como reforço para a próxima temporada que se aproxima.
Em entrevista ao ge, o ala fala sobre as conquistas que teve no Benfica Handebol, ex-clube que defendeu por três temporadas, o novo rumo na carreira, objetivos com a seleção brasileira e a integração na criação do primeiro time de handebol do Al-Hada Club.
— Quando se está muito tempo fora de casa, a mudança se torna natural. Certo que me custou muito sair do Benfica porque criei um vínculo íntimo com o clube, o clube Benfica cuidou de mim e tentou fazer o melhor. Eu acho que na minha história o Benfica foi uma das melhores coisas que aconteceu. Estou extremamente agradecido a isso. A verdade que ganhar uma Eupean League e uma super taça de Portugal com o Benfica foi mágico, mas esses títulos já passaram, são só histórias para contar e sorrir enquanto conta. Agora preciso focar em conquistar mais e buscar novos desafios e limites que me impulsionem a ser um atleta melhor e também uma pessoa melhor — explica.
— Sai da minha casa ( no interior do Acre) com o objetivo de conhecer o mundo e viajar muito. Eu não posso parar, surgiu uma oportunidade e eu agarrei. Eu tenho objetivos alinhados com a seleção e sempre vou ter, é algo que todo atleta quer em sua vida. Sou a terceira contratação da temporada. Eles já contrataram mais um central e um lateral direito. Estão com um projeto ambicioso e crescendo sempre. Como gostei, resolvi aceitar a proposta e vou de cabeça nessa nova etapa da minha vida —completa.
Apesar da distância de casa, Luciano sempre teve o apoio da família. Segundo ele, os pais estão felizes pelos rumos que o atleta tem tomado na carreira.
O acreano não demonstra preocupação com a nova cultura. Ele já participou de eventos em lugares com cultura similar e afirma que a barreira linguística não será problema. E demonstra felicidade ao saber que no time vai ter mais um atleta que fala a língua portuguesa, o jogador Jorge Filipe da Silva.
— Imagino que a maioria do time fale árabe e um pouco de inglês. Mesmo sendo difícil, a gente sempre consegue uma maneira de se comunicar. Como disse, quando a pessoa realmente quer algo, ela consegue uma maneira de fazê-lo. Conheço amigos que conhecem e me falaram bem dele. Estou contente que também vai alguém que fale o mesmo idioma — diz.
— Fui duas vezes ao Egito, que é mais ou menos parecida a cultura, e uma vez a Damma, que é perto de onde vou viver. Joguei um mundial no Egito pela seleção brasileira e um Super Globe na Arábia Saudita pelo Benfica — finaliza.