Os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-RN) retiraram suas assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC).
Segundo Oriovisto, embora acredite que “fatos graves” ocorreram no Ministério, “uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”.
De acordo Styvenson, “trazer essa discussão para dentro do Congresso Nacional em um ano eleitoral serviria apenas para dar palanque político para a oposição”, entretanto afirmou que “todas as denúncias de crime devem ser investigadas e os criminosos punidos”.
— Senador Oriovisto Guimarães (@Sen_Oriovisto) April 9, 2022
Sem o apoio dos parlamentares, o requerimento fica com 25 assinaturas – faltando duas para atingir o mínimo necessário para dar procedimento ao processo de abertura das investigações.
Se atingir novamente as 27 assinaturas, o documento vai ao plenário para a leitura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que decide sobre a abertura ou não da CPI.
A crise no MEC começou após o jornal “Folha de S.Paulo” ter revelado um áudio do então ministro Milton Ribeiro dizendo que municípios próximos ao pastor Gilmar Santos teriam prioridade em suas demandas. Em depoimento à Polícia Federal, Ribeiro confirmou a autoria do áudio, mas afirmou que a gravação foi tirada de contexto.