Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 06:40

Segunda etapa da campanha contra brucelose começa hoje (1°) no Juruá

Começa nesta terça-feira, 1° de outubro, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a brucelose do rebanho bovino do Acre. Deverão ser vacinadas as vacas de 3 a 8 meses. A imunização segue até o final do mês de dezembro e as doses devem ser registradas no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF).

Em Cruzeiro do Sul e demais cidades do Vale do Juruá, o rebanho é de mais de 60 mil animais. Segundo o Instituto, a meta é vacinar 80% do rebanho que precisa ser imunizado, com meta de alcançar 4 mil fêmeas de 3 a 8 meses contra a zoonose que causa aborto. A falta de vacina na região do Juruá já foi superada e atualmente há dois tipos disponíveis para a venda em Cruzeiro do Sul.

“Esse ano foi um ano atípico, então a gente teve falta dessas vacinas de Brucelose e por conta dessa falta de vacina, foi prorrogada a campanha. Existem duas vacinas disponíveis: a B19, aplicada em fêmeas a partir dos três meses de idade, e a RB51, usada em animais mais velhos. Aquelas que não foram vacinadas na primeira fase da campanha, agora terão a oportunidade de receber a imunização na segunda etapa. O IDAF exige que a vacinação seja feita por auxiliares autorizados, sob a supervisão de médicos veterinários. A Brucellose é uma zoonose e pode afetar também a saúde humana. Os últimos registros da doença foram em 2019. Então é uma doença presente no rebanho principalmente pelo baixo índice de vacinação registrado”, afirma Diego Muniz, médico veterinário do Idaf.

A vacina contra brucelose é a única obrigatória pelo IDAF, embora outras, como as de raiva e carvúnculo, também sejam recomendadas. Os produtores que não vacinarem seus rebanhos poderão ter suas fichas bloqueadas, o que impede a emissão da Guia de Trânsito Animal -GTA, documento necessário para o transporte dos animais. “Pedimos que todos os produtores cumpram o prazo estabelecido e vacinem suas fêmeas para garantir a saúde do rebanho e evitar penalizações”, finalizou o veterinário do Idaf.