Cruzeiro do Sul, Acre 23 de novembro de 2024 21:37

Rússia proíbe Facebook e Instagram alegando atividades ‘extremistas’

WhatsApp não foi afetado pela medida; Google e Youtube também estão na mira do governo russo que reforçou a supervisão dos conteúdos que são compartilhados na internet desde a invasão à Ucrânia

As redes sociais Facebook e Instagram, de propriedade da Meta, estão proibidas na Rússia a partir desta segunda-feira, 21. De acordo com as agências de notícias russas, um tribunal de Moscou alegou que as mídias realizam atividades extremistas. “Estamos atendendo ao pedido da Promotoria de proibir as atividades da empresa Meta”, disse o juiz. Um porta-voz do Serviço Federal de Segurança (FSB), disse que as “atividades da Meta se dirigem contra a Rússia e suas Forças Armadas”.

A Procuradoria-Geral russa já havia pedido em 11 de março que a Meta fosse classificada como organização extremistas após a matriz do Facebook e Instagram ter relaxado as regras sobre mensagens violentas contra o Exército e os dirigentes russos em relação à ‘operação militar’ de Moscou na Ucrânia. Com esse anúncio, as duas redes sociais se juntam ao twitter e inúmeros sites de veículos estrangeiros ou russos críticos ao governo que estão impossibilitados de serem utilizados no país. O aplicativo de mensagens WhatsApp, também de propriedade da Meta, não é afetado por essa medida. Segundo a empresa eMarketer, 51 milhões de pessoas utilizam o Instagram na Rússia e é uma ferramenta de vendas online crucial para muitas pequenas e médias empresas, assim como para artistas e artesãos.

Desde o dia 24 de fevereiro, início da invasão, o governo russo, que controla o acesso à informação da população, reforçou a supervisão dos conteúdos que são compartilhados na internet. Google e Youtube são outros que estão com risco de serem proibidos. Na semana passada o Roskomnadzor, regulador de telecomunicações, acusou o buscador e o serviço de vídeo de atividades ‘terroristas’. “As atividades de administração do YouTube são de natureza terrorista e ameaçam a vida e a saúde dos cidadãos russos”, declarou o Roskomnadzor.