O último resulto ucraniano em Luhanks está em risco, de acordo com o governador da região, Serguei Gaiday, que informou que as tropas da Ucrânia perderam “o controle de Loskutivka e de Rai-Oleksandrivka”. Há dias a região de Severodonetsk – que já está parcialmente domingada – e Lysychansk sofrem com bombardeios russos que tentam tomar conta da região e dominar completamente essa parte do Donbass. Essa informação vem horas antes da União Europeia decidir se a Ucrânia vai receber o status de candidata oficial ao bloco. Segundo Gaiday, o exército russo está “executando operações de ataque para cercar nossas tropas na área de Lysychansk” e “estão bloqueando a estrada entre esta cidade e Bakhmut”. “Severodonetsk está sendo destruída, todas as posições de nossas forças estão sendo bombardeadas dia e noite”, destacou o governado acrescentando que os russos estão “atacando Syrotyne”.
Nesta quinta, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, informou que a Ucrânia recebeu sistemas de lançamento de mísseis de alta precisão Himars dos EUA, reforçando assim o arsenal militar de seu exército para enfrentar a invasão russa. “Os Himars chegaram à Ucrânia. Obrigado ao meu colega e amigo Lloyd Austin (seu homólogo americano) por essas ferramentas poderosas”, agradeceu Reznikov em mensagem no Twitter, junto com uma imagem do sistema de lançamento de foguetes móvel instalado em veículos blindados leves. O ministro afirmou que este verão seria “o último” para alguns dos ocupantes russos, sem especificar quantos lançadores de foguetes a Ucrânia recebeu.
O envio dessas armas foi informado no início de junho e os Himars tem alcance de 80 quilômetros. Este sistema não é de longo alcance, mas tem a vantagem de ser muito preciso, superior ao arsenal russo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou que esse sistema de mísseis permitiria à Ucrânia atingir alvos-chave no campo de batalha com mais precisão, garantindo que não será usado contra o território russo. Desde o início do conflito, o presidente americano mantém o cuidado de não entregar armas que possam colocar seu país em situação de co-beligerância. Kiev, por sua vez, pediu armas “poderosas” e “pesadas” para repelir a ofensiva russa no Donbass.