A afirmação foi feita pelo parlamentar nessa terça-feira, durante uma manifestação organizada pela população de Porto Walter. Tão logo encerrou o desfile cívico de celebração aos 32 anos de emancipação política do município, centenas de pessoas tomaram a frente da Prefeitura. Com faixas e palavras de ordem, os manifestantes enfatizaram a necessidade da reabertura da estrada que dá acesso ao município de Rodrigues Alves e, consequentemente a outras cidades do Vale do Juruá.
A manifestação ocorre em face do Ministério Público Federal (MPF) determinar o embargo de trafegabilidade, bem como possíveis obras de manutenção da via, alegando questões ambientais. Barbary, que acompanha de perto desde o princípio toda a situação, já esteve tanto na Funai, quanto no Ibama, buscando um entendimento, mas infelizmente a Justiça Federal se mantém irredutível na decisão e os órgãos federais seguem cumprindo a determinação.
“É preciso antes de tudo entender que essa estrada é vital para a sobrevivência da população, principalmente os indígenas. A Funai, por exemplo, embora pregue a defesa aos Povos Indígenas, nesse aspecto, está negligenciando a precariedade que vivem os indígenas às margens do Igarapé Preto. O órgão não se faz presente junto aos indígenas que vivem no entorno da estrada, porque do contrário eles não estariam a merecer da sorte, sem água tratada, com saúde pública e educação precárias, assim como também todos os demais serviços essenciais, que através da estrada chegariam muito mais rápido. É preciso mais sensibilidade e parceria. O diálogo sempre é o melhor caminho e tentamos isso por diversas vezes. Mas, agora a população resolveu agir de forma mais dura, e cobrar providências nessa reivindicação”, ressaltou Barbary.
Com o embargo, a população que vive em Porto Walter padece do isolamento terrestre e voltou a enfrentar dificuldades significativas, desde deslocamento para outras cidades, ao transporte de mercadorias e abastecimento de alimentos e produtos básicos. Atualmente se chega a Porto Walter de barco, depois de 12 horas navegando ou de avião, pagando altos valores nas tarifas estabelecidas pelas empresas locais.
Sem outra alternativa, a população pede de forma justa uma solução urgente para a reabertura da via, solicitando do Governo Federal, Justiça Federal e demais órgãos competentes, abertura de um novo diálogo, que permita a continuação das obras sem prejuízo ao Meio Ambiente, mas também, assegurando a mobilidade e o bem-estar da população.
O movimento popular está coletando assinaturas de moradores do município, com a intenção de fortalecer as articulações que serão feitas a partir de agora. Há uma forte tendências de que os demais municípios do Juruá abracem a causa e entrem no manifesto.
Por Assessoria