Cruzeiro do Sul, Acre 23 de novembro de 2024 16:35

Quem era Michel Nisenbaum, brasileiro refém do Hamas encontrado por Israel

As forças israelenses recuperaram nesta sexta-feira, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, o corpo de Michel Nisenbaum, brasileiro de 59 anos que estava sob o poder do Hamas desde os ataques de 7 de outubro.

A ação das Forças de Defesa de Israel põe fim a mais de sete meses de indefinição sobre a situação de Nisenbaum. Segundo pronunciamento do porta-voz do exército israelense, ele foi morto no dia dos ataques, durante a incursão israelense à região de Sderot, próxima à fronteira com a Faixa de Gaza.

Nesta sexta-feira pela manhã, o presidente de Israel Isaac Herzog lamentou a morte de Nisenbaum e dos outros dois corpos de reféns recuperados em Jabalia. No X, ele escreveu que “é nosso dever trazer todos de volta – aqueles que ainda estão vivos e aqueles que precisamos enterrar em Israel“.

Quem era Michel Nisenbaum

Michel Nisenbaum tinha 59 anos e morava desde os 12 em Israel. Ele deixa duas filhas e seis netos.

Especializado em computação, Nisenbaum havia passado a atuar como guia turístico em Israel recentemente.

O último contato que ele teve com a família foi na manhã dos ataques do Hamas, em 7 de outubro, por meio de uma ligação.

Em entrevista à CNN Brasil, em novembro, a irmã de Nisenbaum Mary Shohat, informou que Nisenbaum foi sequestrado pelo Hamas quando estava a caminho de uma base militar israelense para buscar uma das netas que acompanhava o pai no serviço.

O carro dele foi encontrado pelas autoridades israelenses carbonizado numa estrada da região de fronteira com a Faixa de Gaza.

Em dezembro, Mary Shohat e a filha de Nisenbaum, Hen Mahluf, relataram em uma comissão do Senado Federal os últimos contatos que tiveram com o brasileiro.

No mesmo dia, Shohat e Mahluf encontraram o presidente Lula, que afirmou à época estar empenhado nas tratativas sobre Nisenbaum. Depois do encontro, Lula ainda escreveu, numa publicação nas redes socais, que “a libertação dos reféns é uma questão humanitária que precisa estar acima de qualquer conflito”.