Cruzeiro do Sul, Acre 28 de novembro de 2024 19:35

Profissionais da enfermagem de Cruzeiro do Sul também paralisam atividades em protesto

Protestando contra a decisão do STF, de suspensão do pagamento do piso salarial da categoria os enfermeiros que atuam no Hospital da Mulher e da Criança de Cruzeiro do Sul, bem como os técnicos em enfermagem, pararam as atividades nesta sexta-feira, 9.

O trafego de veículos foi interrompido no local enquanto o grupo protestava. Em seguida eles percorreram ruas da cidade.

Em Cruzeiro do Sul, segundo Alcione Daniela, a representante da classe há cerca de 400 enfermeiros atuando na Maternidade, Hospital do Juruá, UPA e outras unidades. O salário dos enfermeiros, de R$ 3 mil passaria para R$ 4.750 e dos técnicos, de R$ 1.700 para R$ 3.325.

“Nós receberíamos o novo salário na segunda-feira e a suspensão foi no domingo. Era um sonho que foi interrompido. Mas se a decisão não for favorável a enfermagem vai parar o Brasil”.

Darlene Rodrigues, que representa os técnicos em enfermagem diz que servidores do Instituto de Gestão e Saúde do Acre – Igesac, que atuam em Cruzeiro do Sul, receberam o novo piso. “Nós também queremos porque desempenhamos as mesmas funções”, protesta.

Os enfermeiros de Cruzeiro do Sul recebem salários do governo do Estado por meio da secretaria Estadual de Saúde – Sesacre, por meio do Igesac e da Anssau, a Associação que administra o Hospital Regional do Juruá.

Votação

O Supremo Tribunal Federal – STF, começou a analisar, nesta sexta-feira, 9, a suspensão da lei do piso da enfermagem, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto. O ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a medida por 60 dias para cobrar informações acerca do impacto financeiro às entidades públicas e privadas.

Além do impacto financeiro, o ministro disse que queria entender se a nova lei pode causar demissões em massa e queda na qualidade dos serviços de saúde, a exemplo do fechamento de leitos.