Volodymyr Zelensky assinou decreto que autoriza o recrutamento de cidadãos sujeitos ao serviço militar obrigatório e reservistas. Presidente ordenou que homens de 18 a 60 anos não saiam do país.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta feira (24) que seu país foi “deixado sozinho” para se defender contra a invasão russa. O líder ucraniano também convocou toda a população apta para participar da luta armada.
“Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado”, disse Zelensky em um pronunciamento televisionado. “Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo.”
“Eu perguntei a 27 líderes europeus: a Ucrânia entrará na OTAN? Perguntei diretamente. Todos estão com medo. Não respondem. Mas nós não temos medo. Não temos medo de nada. Não temos medo defender nosso país”, ele afirmou.
O presidente Zelensky também decretou que cidadãos com idade para servir no exército deverão fazê-lo. A decisão já havia sido citada mais cedo nesta quinta-feira quando o líder ucraniano pediu o apoio dos moradores do país após a invasão russa.
Em um documento oficial publicado pouco antes do discurso, ele institui um decreto geral dirigido a homens de 18 a 60 anos, que devem permanecer no país preparados para se juntar às forças de segurança.
A mobilização vai durar pelo menos 90 dias. Zelensky também pediu que voluntários se apresentem para diversos serviços no país, e pediu que os ucranianos doassem sangue para abastecer os estoques.
137 mortos em 24 horas de guerra
Ao menos 137 pessoas morreram e outras 316 pessoas ficaram feridas nos combates deste primeiro dia da guerra na Ucrânia.
“137 heróis, nossos cidadãos, perderam a vida”, disse o presidente. “De acordo com as informações que temos, o inimigo me marcou como alvo número 1, e minha família, alvo número 2.”