Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 03:01

Por que Benzema merece o prêmio de melhor jogador do mundo em 2022

A revista France Football vai entregar hoje, a partir das 15h, a Bola de Ouro para o melhor jogador do mundo na temporada 2021/22. A premiação é a mais antiga e tradicional no futebol, e apesar da separação com a FIFA, é reconhecida como a premiação individual mais importante no ano.

Mesmo que os concorrentes sejam fortes, é hora de reconhecer Karim Benzema como o melhor jogador do ano no planeta bola.

O francês teve uma temporada digna de melhor do mundo. Foram impressionantes 44 gols em 46 jogos, sendo 12 na Liga dos Campeões, onde Benzema foi decisivo: anotou três gols na semifinal contra o Manchester City e o hat-trick da histórica virada no segundo tempo sobre o PSG, em Santiago Bernabéu. Ainda anotou três gols na vitória do Real Madrid sobre o então campeão Chelsea, em pleno Stamford Bridge.

Os números se completam com 15 assistências e 32 gols marcados nos 38 jogos do Campeonato Espanhol. Média altíssima, de quase um gol por jogo.

Dados tornam a disputa com Lewandowski, seu companheiro de campeonato espanhol, ainda mais interessante. O polonês anotou 50 gols pelo Bayern de Munique, seu ex-clube. Juntos, eles fizeram 94 gols, o que é mais que times grandes como Milan, United, Arsenal, Juventus e curiosamente o Barcelona fizeram como equipe na última temporada.

Mas não é pela grandeza dos feitos numéricos que Benzema merece esse prêmio. Ele sai na frente de Lewa pelo entendimento do jogo. Camisa 9 que sai da área, arma, marca, desarma e passa com qualidade, ele é um jogador universal. Poucos jogadores no planeta possuem o entendimento dos espaços de campo que ele tem.

O que um jogador pensa e executa tem um nome técnico: tomada de decisão. Correr para frente ou esperar mais um segundo? Passar a bola ou tentar o drible? É a qualidade nessas escolhas que determina o quanto um jogador vai bem ou mal. Benzema tem decisões que servem de exemplo a todos.

Benzema sai da área, cria tempo para Vinícius Júnior correr e ainda provoca dúvida no marcador — Foto: Reprodução

Nesse exemplo, Benzema tem a bola nos pés. Só que ele faz a diferença se ela. Nos 90 minutos do jogo, são apenas 3 com a bola nos pés. No segundo tempo contra o PSG, o Real perdia e precisava de três gols. Ancelotti mudou o time e Benzema fazia uma função dupla: pressionava o goleiro e o zagueiro pelo lado direito. No primeiro gol, ele foi mais rápido que Donnarumma e abriu o placar num duelo para a história.

Marcação encaixada do Real possibilitou roubada de bolas — Foto: Reprodução