Manifestantes peruanos bloqueiam a estrada do Pacífico e pedem a renúncia da atual presidente Dina Boluarte, após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo. Os protestos acontecem a 60 km da ponte que liga Assis Brasil com Iñapari no Peru. Autoridades do país alertam os brasileiros para evitarem a entrada no país.
Os protestos vão desde o incêndio de pontos de pedágio que estão próximos do Acre a prédios públicos e bloqueios de vias com pneus queimados, além de ameaçarem fechar a fronteira binacional que liga o Acre com Peru.
Após a prisão de Pedro Castillo, o ex-presidente cumpre prisão preventiva após uma tentativa de golpe de estado, sua esposa Lilia Paredes é investigada em um suposto envolvimento com lavagem de dinheiro.
As últimas informações são que o México concedeu asilo político a toda família do ex-presidente e o Ministro das Relações Exteriores negociou com autoridades peruanas o transporte para a família sair em segurança de Lima.
Acreano preso no Peru
Turistas estrangeiros, incluindo brasileiros do Acre, estão bloqueados desta quarta-feira (14) na região da cidadela inca de Machu Picchu, depois que a circulação dos trens foi suspensa devido aos protestos originados pela situação política no Peru.
Um acreano que está retido na região e que pediu para não ter o nome divulgado para não preocupar sua família disse, por telefone, nesta quinta-feira (15), que os turistas estão retidos na cidade de Águas Calientes, aos pés da montanha onde se ergue a maior cidade turista do Peru.
A Prefeitura de Machu Picchu divulgou que há 779 turistas de diferentes nacionalidades retidos desde ontem. O serviço ferroviário entre Cusco e Machu Picchu está suspenso devido aos protestos violentos que tiveram início na última segunda-feira em Cusco, que incluíram tentativas de tomar o aeroporto internacional daquela cidade.
Darwin Baca, prefeito de Machu Picchu, solicitou ao governo apoio humanitário, com helicópteros para retirar da cidade os turistas de Estados Unidos, México e Espanha.