Samuel Araújo Cunha foi condenado por tráfico internacional de drogas e deve cumprir pena em regime fechado. Prisão em flagrante ocorreu no dia 2 de dezembro do ano passado, em Rio Branco.
A Justiça do Acre condenou o paciente Samuel Araújo Cunha por tráfico internacional de drogas. A pena foi fixada em oito anos e seis meses de reclusão em regime inicial fechado. Ele foi preso em dezembro do ano passado ao transportar 156 quilos de cocaína em um carro oficial da Secretaria de Saúde de Brasileia.
Cunha estava sendo levado para Rio Branco para fazer hemodiálise quando foi preso pela Polícia Civil de Brasileia, Polícia Federal de Epitaciolândia e o Grupo Especial de Fronteira do Acre (Gefron). Os policiais fizeram uma abordagem ao veículo próximo à capital acreana e encontraram a droga escondida em cinco bolsas que o homem levava.
A decisão pela condenação foi do juiz Raimundo Nonato da Costa Maia, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco. Ele negou o direito de Cunha apelar em liberdade.
No documento, o magistrado ressaltou a gravidade do caso que envolveu, segundo ele, traficantes estrangeiros na negociação da alta quantidade de drogas e valores que ultrapassaram a casa de milhões de reais, evidenciando a atuação de organização criminosa.
Conforme o processo, Cunha confessou o crime, disse que estava com dificuldades financeiras e que o dono da droga era um boliviano que ofereceu dinheiro para que ele levasse o entorpecente até Rio Branco, onde ia fazer um tratamento de saúde e ele acabou aceitando.
As investigações começaram cerca de três meses antes do flagrante, após a polícia receber informações de que um paciente de hemodiálise do município estava levando drogas para a capital acreana. A apuração apontou que a droga apreendida seria levada para a cidade de Fortaleza (CE).
A Prefeitura de Brasileia se manifestou em nota sobre o caso na época. A gestão confirmou que o veículo era usado para o transporte de pacientes que fazem hemodiálise em Rio Branco e que esse homem estava com uma consulta marcada. Após a apreensão, o carro foi liberado e não prejudicou o deslocamento dos demais pacientes.