Ex-presidente Lula citou Moro ao dizer que foi vítima de uma “farsa montada contra ele”
Nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) rebateu as críticas feiras pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o chamou de “canalha”. Nas redes sociais, o ex-juiz afirmou que o petista “será derrotado” nas eleições de 2022, da qual ambos são pré-candidatos à Presidência da República.
“Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu Governo”, escreveu Moro no Twitter.
Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu Governo.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 19, 2022
Em entrevista coletiva a jornalistas no fim da manhã de hoje , Lula disse ter sido vítima de uma farsa montada contra ele, citando o nome do ex-ministro:”Tive sorte do povo brasileiro me ajudar a provar a farsa que foi montada contra mim. Consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos, o Dallagnol, a mentira, ‘o fake news’, o PowerPoint da quadrilha. Tudo isso eu consegui provar que quadrilha eram eles.”
Moro foi responsável pelas condenações do ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato. Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de Lula .
O placar foi de 8 a 3, com os votos de Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso para a anulação. Os votos de Kassio Nunes, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux foram pela manutenção das condenações. A decisão devolveu os direitos políticos de Lula, permitindo que ele seja candidato nas eleições de 2022.
Em junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, por sete votos a quatro, que o ex-juiz atuou com parcialidade ao julgar Lula .