O Hamas “se afastou” das negociações para libertar reféns, disse o porta-voz de Israel, David Mencer, nesta quinta-feira (25).
“Eles se afastam de qualquer acordo potencial, apesar de Israel ter realmente feito esforços extremos para tentar levar o nosso povo para casa. É o Hamas que se afasta”, afirmou.
Os Estados Unidos e outros 17 países com cidadãos sequestrados pelo Hamas emitiram também nesta quinta um apelo ao grupo para libertar os reféns doentes, idosos e feridos como forma de acabar com a crise em Gaza.
Um funcionário de alto escalão dos EUA, ao informar os repórteres sobre a declaração, disse que havia algumas indicações de que poderia haver um caminho para um acordo sobre a crise dos reféns, mas que não estava totalmente confiante.
Durante a coletiva de imprensa, Mencer acrescentou que o gabinete de guerra israelense realizou uma reunião para discutir como “destruir os últimos vestígios dos batalhões do Hamas em Rafah e outros locais de Gaza”.
Israel intensificou os ataques aéreos em Rafah durante a noite, matando pelo menos seis palestinos, disseram médicos.
Israel havia afirmado que retiraria os civis da cidade fronteiriça de Gaza e a atacaria, apesar dos avisos dos aliados de que isso poderia causar vítimas em massa.
A guerra, agora no seu sétimo mês, matou pelo menos 34.305 palestinos, informaram as autoridades de saúde de Gaza numa atualização na quinta-feira.
A ofensiva destruiu grande parte do território palestino densamente povoado e amplamente urbanizado, deslocando a maior parte dos seus 2,3 milhões de habitantes e aumentando o espectro da fome.
Israel prometeu acabar com o Hamas desde o ataque transfronteiriço do grupo palestino em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 253 feitas reféns, de acordo com registros israelenses.