Em abril de 2024, houve uma sentença condenatória de um acusado investigado pela polícia civil, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente, por crimes de estupro e atos libidinosos praticados por um irmão contra a própria irmã.
O delegado Renan Santana relatou que os abusos tiveram início quando a vítima tinha cerca de 7 anos de idade e o irmão tinha em torno de 14 e 15 anos. Os abusos perduraram por cerca de 7 anos, até o ponto em que a irmã engravidou do irmão.
“Embora os pais da vítima e do autor tenham agredido fisicamente ambos, com a intenção de coibir os abusos, isso não surtiu efeito, sendo totalmente contrário a qualquer princípio pedagógico. Tem que levar a situação à polícia civil, sabendo também que as vítimas de violência doméstica e sexual ficam um pouco retraídas”, disse o delegado.
Este caso envolveu uma relação abusiva entre irmãos, onde o autor, através de um jogo de RPG, se aproveitava para obrigar a vítima a realizar atos sexuais. “Todas as formas mais sádicas possíveis foram vistas nesse caso, primeiro porque era uma relação entre irmãos e segundo porque eles jogavam um jogo de RPG no qual o autor era responsável por comandar esse jogo e, com base nas jogadas da vítima, quando ela perdia vida ou algum benefício do jogo, para poder recuperá-los, ele oferecia o retorno ao jogo apenas se ela fizesse algum favor sexual”, afirmou o delegado.
Na época do depoimento, o autor confessou todos os crimes e ficou apavorado quando soube que a polícia tinha tomado conhecimento da situação. Inclusive, segundo relatado, o autor anunciou para a vítima que pretendia se suicidar na ponte da cidade.
O autor recebeu uma sentença de 16 anos de reclusão pelos crimes cometidos. Em depoimento, o autor informou que também já havia sido abusado sexualmente durante a sua infância.