Cruzeiro do Sul, Acre 29 de novembro de 2024 12:28

Investigação aponta que não há mandante por trás da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, diz PF

A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (17) que as investigações sobre a morte do indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime.

A nota divulgada pelo comitê de crise, coordenado pela PF, diz que a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas as investigações “apontam que os executores agiram sozinhos”.

Até o momento, duas pessoas foram presas por suposto envolvimento com o desaparecimento de Bruno e Dom: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado” – que confessou o crime na quarta (15) –, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira.

“As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito. Por fim, [o comitê de crise] esclarece que, com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer”, diz o comunicado.

Na quinta, fontes ligadas à investigação afirmaram à GloboNews que o inquérito apurava a conduta de cinco suspeitos, incluindo um possível mandante. As pistas sobre essa pessoa, no entanto, ainda eram escassas.

O indigenista brasileiro e o jornalista inglês desapareceram em 5 de junho, na região do Vale do Javari, na Amazônia. A reserva é palco de conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.

A procura pelos dois teve início no próprio domingo do desaparecimento, dia 5 de junho, por integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Como não conseguiram localizá-los, acionaram as autoridades, que passaram a procurá-los a partir do dia seguinte. As buscas envolveram o Exército, a Marinha, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a PF, além de cerca de cem indígenas voluntários.

Restos mortais

Os restos mortais encontrados no local das buscas por Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips na Amazônia chegaram a Brasília na quinta-feira, onde passarão por perícia no Instituto Nacional de Criminalística, órgão da PF.

Como os corpos estão em estágio avançado de decomposição, os peritos farão exames de DNA para comparar os vestígios à genética de familiares de Pereira e Phillips. Também poderão ser feitos exames da arcada dentária.

Os resultados das análises devem sair em até 10 dias. A perícia também deve apontar qual foi a causa da morte.

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