A ação ocorreu na manhã desta sexta-feira, após a Polícia Civil e a Polícia Militar se deslocarem ao local
O desespero da ribeirinha Leuda Lima continua, ela não sabe notícias do filho, na nora e dos nove netos que estão escondidos dentro da mata, e outros dois sobrinhos que também tiveram que se esconder na floresta depois que a sua propriedade foi invadida por uma facção criminosa, em que a maioria dos membros eram índios da etnia Kaxinawa. A idosa de 71 anos foi levada para a aldeia do Caucho, como refém durante 12 horas, segundo ela, momentos de sofrimento.
De acordo com o Secretário de Segurança do Estado do Acre, Paulo Cézar, a Polícia Civil e a Polícia Militar já se deslocaram ao local.
“Chegou o conhecimento do comando da Polícia militar e na direção da Polícia Civil, que um suposto ataque realizado por indígenas a um seringal nas proximidades da cidade. Logo após, a equipe das duas forças deslocaram a região, se depararam com um incêndio nas habitações daquela colocação, e que os ataques teria sido realizado por indígenas que habitam na tribo nas proximidades. Nesta quinta-feira 14, após tomar conhecimento de supostas vítimas existentes no local ou seja, vítimas fatais, a Polícia Militar novamente diligenciou e não constatou a existência de qualquer vítima fatal, nem pessoas que estariam na mata”, explicou o secretário.
Após a Policia Militar fazer as determinadas diligências no local, foi possível prender três pessoas e apreender também um menor de idade. Essas pessoas podem está ligadas a facção criminosa que atacou a propriedade da ribeirinha Leuda.
“Foram realizadas quatro prisões de supostos envolvidos no incidente que foram encaminhados delegacia de Tarauacá, e foram flagranteados na manhã desta sexta-feira, 15 pelo delegado titular daquela unidade. Importante ressaltar ainda que levamos o fato ao conhecimento da superintendência estadual da Polícia Federal por se tratar de indivíduos indígenas, como autores do atentado naquela região”, concluiu Paulo.
Dois são indígenas e estavam armados, eles faziam o serviço de vigilância do rio para avisar a chegada de estranhos, mas a polícia conseguiu enganar os dois, logo em seguida flagrou outros dois membros em um barco, eles tentaram se livrar das armas jogando no rio, mas também foram presos.
Para a polícia contaram que o resto do grupo estava na mata em um acampamento. Os policiais militares foram até o local, mas os faccionados fugiram, inclusive o chefe do grupo, que é filho de uma liderança indígena local.
Segundo relatório da Polícia Militar, o filho da dona Leuda, identificado como José Ordônio, pode fazer parte de uma facção rival, por isso, houve o ataque. Além disso, existe a possibilidade dele estar ferido devido os tiros que foram em sua direção quando fugia para a mata.
Relembre o caso
A senhora Leuda Lima, de 71 anos, moradora rio Muru no município de Tarauacá, foi expulsa por mais de 20 pessoas, a maioria indígenas da etnia Kaxinawá, segundo a Leuda, eles fazem parte de uma facção que comanda a região e decidiram expulsar a sua família, pois não queriam o filho dela morando na localidade. A expulsão ocorreu nesta segunda-feira (11).
Além dela, expulsaram também a esposa do filho, e os nove netos e dois sobrinhos, que tiveram que correr para a matar, e assim preservar sua vida. A propriedade da idosa fica 3 horas de barco saindo de Tarauacá, segundo ela, os índios da região se juntaram as facções criminosas e estão aterrorizando as famílias que discorda das determinações.
Com informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta