Fabricante japonesa segue a Harley-Davidson em boicote anti-guerra. Veja quais motocicletas são oferecidas no mercado russo
Sanções continuam sendo impostas à Rússia enquanto o exército nacional avança sobre a Ucrânia. Depois da Harley-Davidson, a Honda anunciou que vai parar de exportar motos e automóveis para a região. A suspensão será revogada assim que o conflito for resolvido.
De acordo com a emissora japonesa NHK, as sanções da Honda à Rússia não são apenas humanitárias. A fabricante enfrenta sérios problemas de distribuição no leste europeu por causa da guerra, e tem receio de não entregar veículos e não receber pagamentos de lojistas autorizados.
O catálogo russo da Honda é bem parecido com o brasileiro, mas tem algumas diferenças pontuais. Por aqui, a fabricante oferece três opções de scooters: PCX, Elite e ADV. No mercado russo, apenas o PCX é oferecido, com motor de 125 cc.
As linhas CRF e Africa Twin encabeçam o catálogo de aventureiras da Honda na Rússia. Entre as opções urbanas, destaque para CB350R, CB1000 R, CB1100 R e CMX1100.
Honda NT 1100 2022
A Honda também oferece três variações de motocicletas touring no mercado russo: Gold Wing 1800, Gold Wing Touring e NT1100. Este último modelo já foi registrado no Brasil e deve ser lançado até o fim do ano.
Sanções econômicas
Desde o início da invasão russa à Ucrânia no último dia 24 de fevereiro, Volvo, General Motors, BMW, Renault, Volkswagen, Jaguar Land Rover, Toyota, Mazda e Ford suspenderam suas operações e se mostraram preocupadas com o conflito entre os dois países.
A Harley-Davidson também interrompeu suas operações na Rússia. Por questões estratégicas, a marca não revela seu mix de vendas por país, mas divulga que Europa, Oriente Médio e norte da África corresponderam a 31% dos emplacamentos globais em 2021. Logo, a suspensão deve ter impactos no balanço deste ano.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, é fã da Harley-Davidson. Ele já foi visto pilotando sua Lehman Trike, curiosamente levando as bandeiras russa e ucraniana na parte traseira, na Criméia, em 2010.