Cruzeiro do Sul, Acre 27 de novembro de 2024 11:57

Governo inicia capacitação sobre tratamento e diagnóstico de hanseníase em Cruzeiro do Sul

Na manhã desta segunda-feira (20), em Cruzeiro do Sul começa a capacitação para médicos, fisioterapeutas e enfermeiros, voltada para o tratamento e o diagnóstico da hanseníase. O objetivo da capacitação, além de fortalecer o atendimento, também será o de descentralizar onde o município dará apoio ao Estado.

“Essa capacitação faz parte de um projeto do Ministério da Saúde, junto com o Governo do Estado do Acre, que é de descentralizar as ações de hanseníase para os municípios. Então, para isso, nós estamos capacitando médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para que eles tenham condições de realizar o diagnóstico e tratar seus pacientes, aqui no município. Cruzeiro do Sul vai ser o primeiro município a ter as ações cem por cento descentralizada. Então nós vamos ficar a semana toda. Vai ter aula teórica e prática nas unidades de saúde durante essa semana”, explicou Recleide Darube, responsável área técnica de hanseníase.

A hanseníase tem cura e se o tratamento for iniciado quando aparecer os sintomas, não deixa sequelas. Hoje, o número de pessoas mutiladas em decorrência da hanseníase é inferior ao de dez anos atrás. Por isso, a importância de procurar tratamento quando surgir manchas que não apresentem nenhum tipo de dor.

Em Cruzeiro do Sul o atendimento acontece no hospital Dermatológico, mas, após capacitação, as Unidades Básicas de Saúde passarão a identificar e atender pessoas com hanseníase.

(…) três Unidades Básicas de Saúde vão ficar responsáveis pelo atendimento dos pacientes. Então, é a Unidade de Saúde Adalberto Sena, a Unidade do Nari e a Unidade Santa Luzia. Essas três unidades passarão a atender pacientes com hanseníase (…). A partir da descentralização, os pacientes vão ter acesso aos serviços mais próximo da sua casa, sem precisar se deslocar para longe para poder receber o atendimento”, ressaltou Recleide Darube.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, e leva, em média, de dois a cinco anos para aparecer. Ainda há um estigma muito grande por conta das pessoas que tiveram sequelas em anos atrás, mas é uma doença que hoje em dia tem cura, e o medicamento é gratuito.