Uma portaria publicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza a contratação de brigadistas federais para o combate às queimadas em pelo menos três municípios do Acre.
A publicação do Ibama no Diário Oficial da União (DOU) dessa terça-feira (27) prevê uma guarnição formada por um chefe de brigada, dois chefes de esquadrão e doze brigadistas.
As brigadas deverão atuar nos municípios de Feijó, que concentra o maior número de focos de incêndios, além de Sena Madureira e Brasiléia. A contratação será feita por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Além disso, a portaria assinada pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, também inclui a contratação de um supervisor brigadista para o Prevfogo no estado do Acre.
Queimadas
O Acre chegou ao mês de agosto deste ano com uma piora drástica nos índices de queimadas. Antes mesmo do fechamento do mês, o índice já supera todas as marcas dos meses anteriores, com 1.540 focos até a manhã desta quarta-feira (28). Com isso, o número já superou o mês de agosto em 2023, que fechou em 1.388 focos.
Um boletim da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) mostrou que, na semana entre os dias 11 e 17 de agosto, a qualidade do ar ficou entre boa e muito ruim na maior parte dos dias nas regiões do Alto e Baixo Acre e Purus. Já nas regionais Tarauacá/Envira e Juruá a concentração de partículas variou de boa a moderada.
O g1 produziu uma galeria com fotos que ilustram esse grave cenário e retratam o avanço da cortina de fumaça que encobre não só o estado do Acre, mas boa parte da Amazônia. Confira:
Fumaça das queimadas encobre capital do Acre
Ainda segundo o relatório, os municípios de Rio Branco, Bujari, Porto Acre, Xapuri, Assis Brasil, Brasiléia, Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus tiveram médias diárias de poluição acima da média recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é 15 μg/m³, segundo o documento.
Antes mesmo do fechamento do mês, o índice já supera todas as marcas dos meses anteriores. O total de queimadas detectadas em 2024 também já representa pouco mais de 31% do ano passado, quando o número fechou em 6.562 focos.