A Espanha confirmou hoje os sete primeiros casos de indivíduos com varíola do macaco. Até então, o país investigava mais de 20 suspeitas da doença, noticiou a imprensa local citando autoridades sanitárias.
Também subiu para 24 o número de casos suspeitos na capital, Madri, e nas ilhas Canárias.
Em entrevista à agência de notícias Efe, a coordenadora da Unidade Internacional de Saúde do Hospital del Mar, em Barcelona, Judith Villar, afirmou haver a expectativa de que, ao longo dos próximos dias, apareçam casos em outras comunidades.
Portugal, por sua vez, tem 14 confirmações da doença. Há o registro de cinco infectados no Reino Unido e de um nos Estados Unidos.
O jornal El País diz que o governo espanhol está preparando a compra de milhares de doses de vacina contra a varíola tradicional, uma forma possível de evitar a disseminação do vírus da varíola do macaco, que é similar.
Nesta tarde, a França anunciou que um caso suspeito de varíola do macaco foi detectado na região metropolitana de Paris.
No Canadá, autoridades sanitárias de Montreal investigam 17 casos suspeitos da doença. O primeiro paciente infectado nos Estados Unidos havia viajado um pouco antes ao país vizinho.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta quinta-feira (19) que a variante identificada no Reino Unido, o primeiro local a reportar um caso associado ao surto atual no continente, provoca doença mais leve que a varíola tradicional.
“A varíola do macaco é uma doença viral rara, mas potencialmente grave, que normalmente começa como uma doença semelhante à gripe e com inchaço dos gânglios linfáticos e progride para uma erupção cutânea generalizada no rosto e no corpo. A varíola do macaco ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados na Nigéria e pelo menos 8 casos exportados internacionalmente”, explicam os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.