Em greve, os servidores da Educação municipal fizeram um protesto nesta terça-feira (20) em frente ao prédio da prefeitura de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Eles pedem para ser ouvidos pela gestão e que suas pautas, que tinham sido aceitas, sejam cumpridas.
Entre as reivindicações estão:
- Pagamento dos professores proporcional a 30 horas e não mais de 25h.
- Pagamento da sexta parte aos funcionários de apoio.
- Aprovação do PCCR
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no município esses pontos já tinham sido acertados no início deste ano e começariam a valer a partir de agosto. No entanto, até agora nada foi feito. Com a paralisação, as aulas na rede pública municipal estão suspensas desde quinta-feira (15).
“Como não houve avanço na negociação, a prefeitura insiste em não cumprir aquilo que nos prometeu no início do ano, a categoria decidiu fazer esse ato de manifestação. Estamos aqui na prefeitura pedindo que nos receba e que possa apresentar uma proposta colocando fim a essa greve. Temos insistido que só a prefeitura pode encerrar essa greve. É uma greve legal, honesta e justa”, disse o presidente do sindicato na cidade, Pedro Lima.
O secretário de Educação de Cruzeiro do Sul, Amarísio Saraiva afirmou que o que foi acordado com a categoria foi feito pela gestão, que o pagamento referente a 30 horas está previsto no Plano de Cargos e Carreira criado pela prefeitura. Mas, que só será pago após aprovação do PCCR e a partir de janeiro de 2023.
Em nota, a prefeitura disse que desde o início da gestão tem procurado dialogar com os profissionais, que aumentou o teto salarial dos professores temporários e efetivos e alterou regras para beneficiar os profissionais da educação e melhorar as condições de trabalho.
Ainda segundo o documento, a gestão afirmou que tem trabalhado para reestruturar a parte física das escolas tanto da zona rural quanto urbana e tem investido em novos equipamentos.
“Em recente reunião entre nossa equipe e o Sindicato da Educação, acordamos alguns pontos que, com muito esforço e planejamento, acatamos e nos comprometemos em cumprir. Pois, temos na educação a principal bandeira de nossa gestão. E o único caminho para construirmos uma sociedade melhor e mais igual. Porém, gostaríamos de deixar claro que nem tudo é possível ser feito neste momento, já que não podemos comprometer a saúde financeira do município. Sempre vamos considerar legítimo o direito dos trabalhadores, mas, enquanto gestão, nos cabe ouvir e fazer tudo de forma responsável, com seriedade e transparência, como estamos procurando fazer”, diz a nota.