Nesta segunda-feira (4), o dólar fechou em queda de 1,27%, cotado a R$ 4,6076.
O dia foi novamente de força para moedas de países exportadores de commodities, como o petróleo, enquanto o patamar alto dos juros básicos brasileiros continuou a atrair investidores em busca de alta rentabilidade.
O resultado desta segunda é o menor desde o início da pandemia — desde 4 de março de 2020, quando a moeda fechou cotada a R$ 4,5806.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os investidores aguardaram mais sanções ocidentais depois que a Ucrânia acusou a Rússia de crimes de guerra. Os preços do petróleo subiam ao redor de 2%.
A confiança do investidor na zona do euro caiu para a mínima em quase dois anos em abril, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira, indicando o risco do início de uma recessão no segundo trimestre.
Por aqui, a agenda da semana inclui a divulgação da inflação oficial de março.
Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta segunda-feira o boletim Focus, com as (estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
O movimento do dólar também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.