O delegado Heverton Carvalho, que lidera a investigação sobre o incidente que resultou na morte do adolescente Anderson Gomes, de 14 anos, compartilhou atualizações sobre o caso. Anderson morreu após receber uma descarga elétrica ao encostar-se a uma cerca eletrificada enquanto tentava colher cacau em uma propriedade na Rua Antônio Costeira, no Bairro João Alves, em Cruzeiro do Sul.
Segundo Carvalho, a Polícia Militar isolou o local do acidente e a equipe técnica da polícia conduziu a perícia, considerando o caso complexo. Ele enfatizou que todas as possibilidades estão sendo consideradas e que a investigação prosseguirá para determinar as causas exatas do acidente.
O delegado ressaltou a importância do laudo pericial para obter detalhes técnicos sobre a cerca eletrificada. Ele informou que, para esclarecer os acontecimentos, serão ouvidos o proprietário do terreno, membros da família do adolescente e os responsáveis pela instalação da cerca, com o objetivo de entender o que deu errado e tomar as medidas necessárias.
Além das investigações conduzidas pela polícia, o Corpo de Bombeiros forneceu informações sobre a regulamentação das cercas elétricas no Acre, de acordo com a Lei Estadual Nº 1.623, de 10 de janeiro de 2005. Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, capitão José Carlos, os técnicos da empresa Energisa mediram a voltagem da cerca após o incidente, constatando 227 volts. A falta de dispositivos de segurança adequados, a altura incorreta da cerca e a ausência de sinalização de advertência foram identificadas como problemas significativos na instalação.
O caso repercutiu na cidade.
A investigação continua em andamento, com o objetivo de esclarecer os detalhes do caso e responsabilizar os envolvidos conforme a lei.
