A Associação Elas Existem, realiza em Cruzeiro do Sul de quarta feira à sexta-feira, 11 a 13, no Teatro dos Nauas, o 1° Congresso Sobre Encarceramento Feminino, “O Acre existe e elas resistem”.
Serão 3 dias de intercâmbio acadêmico e cultural, com professores renomados, profissionais do sistema prisional, da justiça e pessoas que vivenciaram o cárcere. O professor doutor em criminologia, Riccardo Cappi e as ativistas e escritoras Juliana Borges e Preta Ferreira, farão parte do evento, inclusive com lançamento de livro.
A advogada Caroline Bispo, coordenadora da Associação Elas Existem, diz que o objetivo é dar visibilidade para a temática das mulheres, as cis e trans nas prisões.
“Será uma reunião científica de amplitude nacional com objetivo de trazer luz a debates invisibilizados e com a assinatura do termo de compromisso institucional e social para um olhar mais atento as mulheres cis e trans presas no Estado do Acre”, pontua.
O evento contará com 5 palestras principais, 6 minicursos, 14 Grupos de Trabalho e outras atividades.
A Associação Elas Existem foi fundada 2016 no Estado do Rio de Janeiro e atua no Acre desde 2021 com ações jurídicas e sociais junto à mulheres dos presídios de Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Caroline Bispo explica que a Associação escolheu o Acre para atuar porque em 2014, 100% de mulheres encarceradas no Estado eram negras e pardas, sendo também considerado o Estado que mais encarcera no Brasil, para cada 100 mil habitantes.
O Acre tem mais de 280 mulheres presas. São 239 em Rio Branco, 22 em Tarauacá e 21 em Cruzeiro do Sul.
Foto cedida por Paulo Henrique