O brasileiro Antônio Deuzimar Santiago da Silva, de 49 anos, foi morto a tiros, nesta quinta-feira (16), em um ramal que fica na Vila Maparro, na Bolívia, país que faz fronteira com o estado do Acre. Silva era morador do município acreano de Capixaba. A ocorrência foi atendida pela polícias Militar e Civil da cidade acreana.
O delegado de Capixaba, Aldízio Neto, disse que na manhã desta quinta (16) teve a informação de que um morador do município havia sido morto em um ramal no lado boliviano. Ele explicou que o crime ocorreu em um ramal que faz ligação com outros dois, sendo que um fica no lado boliviano e o outro no lado brasileiro.
“O crime ocorreu em um ramal que fica na Vila Maparro, que faz fronteira com Capixaba. São dois ramais, fica a questão de uns 100 metros, percorre uns 30 quilômetros talvez, só que na altura do quilômetro 12 tem um pequeno ramal que liga esses dois ramais e foi mais ou menos nesse ramal onde foi achado o corpo.”
Neto disse que quando soube do crime foi junto com um policial até o lado boliviano. Eles, então, passaram pelo Exército boliviano e receberem autorização do comandante do Exército boliviano da Vila Maparro para passar para o outro lado da fronteira.
“Tivemos permissão para passar para o outro lado e, quando chegamos lá, vimos o corpo e logo já notamos que no local tinha tido um conflito, porque o chapéu dele [vítima] estava no chão, marca de sangue como se tivesse tido uma luta, acrescentou.
O delegado afirmou ainda que assim que chegou no ramal onde o crime ocorreu a família já estava no local e ele já pegou alguns detalhes de como o fato aconteceu. Neto explicou como conseguiu a liberação do corpo para levar para o lado brasileiro.
“O comandante do Exército boliviano da Vila Maparro estava lá e a gente conversou e ele disse que poderia liberar o corpo para a família. A perícia de Rio Branco não foi até lá porque era do lado boliviano e eles não fazem perícia do lado boliviano, então, autorizei que populares colocassem o corpo em cima do carro dele [vítima], que estava no local do crime, e levassem o corpo para Capixaba. Em Capixaba o IML foi buscar”, complementou.
O delegado disse que as investigações continuam e que já tem a possível motivação do crime e o principal suspeito.