Russos apresentaram uma lista de demandas que inclui reconhecimento da Crimeia e dos separatistas; ucranianos têm feito pedidos de ajuda ao mundo
Com a guerra na Ucrânia em seu 12º dia e três reuniões entre as partes já tendo acontecido sem grandes avanços, os lados envolvidos vão apresentando suas demandas para encerrar o conflito.
Nesta segunda-feira (7), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov disse que a Rússia havia dito à Ucrânia que estava pronta para interromper sua ação militar “em um momento” se Kiev cumprisse suas condições.
Foi a declaração russa mais explícita até agora dos termos que quer impor à Ucrânia para interromper o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia.
Exigências da Rússia
A Rússia exige que a Ucrânia:
• Cesse a ação militar;
• Mude sua Constituição para resguardar neutralidade – o que, na prática, significa que a Ucrânia se compromete a ficar fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan);
• Reconheça a Crimeia como território russo;
• E reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes.
O que diz a Ucrânia
A Ucrânia não apresentou uma lista oficial de demandas para, de sua parte, encerrar o conflito, como fez a Rússia hoje. Mas, ao longo do conflito, as autoridades ucranianas foram revelando ao mundo o que gostariam que acontecesse com os russos.
Em 24 de fevereiro, dia da invasão russa, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, publicou em suas redes sociais o que chamou de “lista de afazeres” para o mundo:
• Sanções devastadoras à Rússia imediatamente, incluindo a exclusão do Swift;
• Isolamento da Rússia de todas as formas possíveis;
• Armas e equipamentos para a Ucrânia;
• Assistência financeira;
• Assistência humanitária.
Além disso, desde então, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem pedindo aos líderes ocidentais que:
• Admitam a Ucrânia na União Europeia;
• Fechem o espaço aéreo sobre a Ucrânia.
Essas duas últimas demandas ainda não foram atendidas.
Sobre as exigências da Rússia, a Ucrânia ainda não se manifestou oficialmente.
-Com informações da CNN Internacional e da Reuters