Com a aprovação, Castillo – eleito no ano passado – se torna o terceiro presidente a passar por uma abertura de processo em menos de quatro anos.
O Congresso do Peru aprovou a abertura, nesta segunda-feira (14), de um processo que pode levar a um impeachment contra o presidente Pedro Castillo.
A moção de destituição contra o presidente de esquerda é similar às que resultaram nos impeachments de Pedro Pablo Kuczynski, em 2018 e Martín Vizcarra, em 2020.
A “moção de vacância” é a segunda levantada contra Castillo nos sete meses e meio que ele está no poder. Em dezembro, o Congresso rejeitou a primeira.
Veja como votaram os congressistas:
• 76 votaram a favor
• 41 foram contra
• E houve 1 abstenção
O pedido foi liderado por 49 congressistas da maioria conservadora. A oposição alega “incapacidade moral” de Castillo para o cargo.
Castillo pediu para comparecer ao Congresso na terça-feira, para apresentar uma mensagem sobre o estado da nação e o contexto da crise em curso.
Acusação de corrupção e traição
A oposição alega que o presidente está manchado pela suposta corrupção de seu entorno e cometeu “traição à pátria” por se declarar aberto a um referendo para conceder uma saída ao mar à vizinha Bolívia, um país sem costa.
Este mês, a reprovação do mandatário caiu a 66%, três pontos percentuais a menos que em fevereiro quando chegou ao nível mais elevado (69%). Porém, ainda mais desprestigiado está o Congresso, que tem uma reprovação de 70%, segundo pesquisa Ipsos.
Castilho, um professor rural de 52 anos, que assumiu a presidência do Peru em 28 de julho de 2021 para um mandato de cinco anos, é alvo de críticas daqueles que o acusam de falta de rumo e apontam suas constantes crises ministeriais.