Cruzeiro do Sul, Acre 28 de novembro de 2024 19:52

Com 903 focos de queimadas, Feijó é a cidade com mais registros no Acre

A cidade de Feijó, interior do Acre, é a região com mais focos de queimadas no estado. Dos 2.835 focos registrados entre janeiro até esta segunda-feira (29) no Acre, 903 foram atendidos em Feijó. Um total de mais de 31% de todas as ocorrências.

Os dados são captados diariamente através do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com ajuda do satélite de referência Aqua.

Conforme o Inpe, as cidades do Acre com mais queimadas são:

  • Feijó – 903
  • Tarauacá – 548
  • Manoel Urbano – 227
  • Cruzeiro do Sul – 161
  • Rio Branco – 155

Entre 1º e 29 de agosto, Acre tem um acumulado de focos de queimadas de 2.385. Desse total, 815 foram registrados apenas em Feijó. A cidade tem uma população estimada de mais de 34 mil habitantes.

Ainda segundo o levantamento, as cidades de Feijó, Tarauacá, Acrelândia, Manoel Urbano, Bujari, Cruzeiro do Sul, Jordão e Rio Branco têm o maior número de focos por quilômetro no território acreano.

Combate

Na cidade feijoense, o combate ao fogo é feito por brigadistas e bombeiros. O coordenador dos brigadistas, Auricélio Dantas, falou que o número de ocorrências aumentou bastante nas últimas semanas.

“Estamos trabalhando muito, não damos conta. Às vezes, atendemos uma ocorrência por dia porque o fogo é de grandes proporções e temos pouco transporte. Estamos com dois caminhões tanque e três caminhonetes e ficamos sem conseguir fazer muita coisa”, lamentou.

O município conta com seis brigadistas, que atua como complemento do serviço dos bombeiros. Já o Corpo de Bombeiros da cidade é composto por 19 profissionais.

“É uma equipe com três brigadistas e os bombeiros, mas quando tem um incêndio grande a gente chama os outros [de folga], os bombeiros também de folga para ajudar. Tem dia que entram todos os brigadistas e bombeiros e ainda não damos conta. Aqui o costume de limpar os terrenos é colocar fogo. Colocam fogo, sai do controle e chamam a gente”, concluiu.