A China afirmou nesta segunda-feira, 13, que balões dos Estados Unidos entraram em seu espaço aéreo “mais de 10 vezes” desde janeiro de 2022. “Apenas no último ano, balões americanos sobrevoaram a China mais de 10 vezes sem qualquer autorização”, declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, sem revelar detalhes. Ele pediu aos jornalistas que “procurem a parte americana”. John Kirby, porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, negou as acusações horas depois. “Não é verdade. Não estamos fazendo isso. Absolutamente não é verdade”, afirmou ele em entrevista à MSNBC. Durante o fim de semana, a imprensa estatal chinesa informou que um objeto voador não identificado foi observado na costa leste do país e que o exército se preparava para derrubar o dispositivo. Pequim se negou a comentar a informação e limitou a pedir que os jornalistas procurassem o ministério da Defesa, que não respondeu aos pedidos de comentários. “Não é raro que os Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países”, afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin. A relação entre Estados Unidos e China se tornou ainda mais tensa depois que Washington derrubou, em 4 de fevereiro, um suposto aparelho de espionagem chinês, que segundo Pequim era um dispositivo civil. Desde então, outros artefatos do mesmo tipo foram derrubados quando sobrevoavam os Estados Unidos e o Canadá – o governo da China admitiu apenas que o primeiro objeto era procedente do país.