Nos bastidores do filme “Rust”, o ator realizou um disparo acidental que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins
A armeira-chefe do filme Rust Hannah Gutierrez-Reed, responsável pelas armas e munições usadas no set do longa-metragem, decidiu processar a PDQ Arm & Prop, empresa que forneceu o material utilizado nas filmagens. Gutierrez-Reed alega que as caixas enviadas pela empresa, apesar de marcadas como tendo balas de festim, carregavam munições reais.
A armeira processa também o dono da PDQ, Seth Kenny. Segundo o jornal “The Guardian”, ela alega que Kenney havia trabalhado com seu pai, o também armeiro Thell Reed, em outra filmagem no Texas. Kenney teria pedido a Reed para ajudar a treinar os atores para atirarem com munições reais fora do set de filmagem. Parte das balas utilizadas nesse treinamento teriam acabado por parar no set de Rust e, por fim, na arma que teria sido empunhada pelo ator Alec Baldwin no dia 21 de outubro.
Nessa data, a Colt de Baldwin foi disparada no set de Rust durante ensaios para uma cena e acabou por acertar duas pessoas da equipe. A diretora de fotografia, Halyna Hutchins, morreu e o diretor do filme, Joel Souza, ficou ferido.
A empresa de Seth Kenney foi alvo de um mandado de busca e apreensão emitido pelo Gabinete do Xerife do Condado de Santa Fé no início deste mês. A defesa de Kenney nega que ele tenha fornecido munição real para a produção de Rust:
“O Sr. Kenney está cooperando totalmente com as autoridades, como tem feito desde o trágico incidente. Nem o Sr. Kenney nem a PDQ Arm & Prop, LLC forneceram munição real para a produção de ‘Rust’”, disse em comunicado o advogado Adam Engelskirchen, à ABC News.
Em entrevista feita na TV americana, Baldwin afirma que não apertou o gatilho da arma. Baldwin foi informado de que arma era segura antes do disparo: “Solto o cão e ‘bang’, a arma dispara”.
De acordo com a investigação, o diretor assistente Dave Halls não sabia que a arma usada por Baldwin continha munição de verdade e afirmou ao ator que ela não estava carregada. Na ocasião, ele gritou “arma fria”, segundo o documento judicial.