Cruzeiro do Sul, Acre 23 de novembro de 2024 18:21

Biden proíbe petróleo russo nos EUA e lamenta alta de preços a americanos

Presidente dos EUA disse que não vai tolerar aumentos excessivos de preços dos combustíveis no país

O governo americano proibiu a compra de petróleo de origem russa por empresas do país. A medida foi confirmada pelo próprio presidente Joe Biden, em comunicado oficial na Casa Branca, nesta terça-feira, 08. Ele também criticou empresas dos Estados Unidos que aproveitam a guerra na Ucrânia para aumentarem o preço dos combustíveis de forma excessiva.

“A agressão da Rússia está nos custando a todos. E não é hora de especulação ou manipulação de preços. Quero deixar claro o que não vamos tolerar”, disse Biden. Em outro momento do discurso, o presidente informou que, desde o início dos treinamentos militares russos, o preço da gasolina aumentou 75 centavos (dólares) nas bombas americanas.

“A decisão de hoje não é sem custo. A guerra de Putin já está prejudicando as famílias americanas nas bombas de gasolina. Desde que Putin começou sua formação militar na fronteira ucraniana, o preço do combustível subiu 75 centavos [dólares]. Com esta ação [na Ucrânia], vai subir ainda mais”, lamentou o presidente.

Biden reforçou que, antes de tomar a decisão, conversou com aliados americanos, congressistas e representantes de países europeus. O presidente reforçou que a Europa, devido à dependência da energia russa, tem a liberdade de aderir ou não às sanções contra o petróleo da Rússia.

Esta é a primeira medida tomada unilateralmente pelos Estados Unidos, sem intermediação de países da Europa. Fechar um acordo com a Venezuela está entre as alternativas discutidas pelos americanos para reduzir o impacto do aumento do barril de petróleo em escala global, que já está em 129 dólares.

Na última segunda-feira, 07, o bloco econômico que reúne os países exportadores de petróleo, a Opep, tentou tranquilizar o mercado ao dizer que não faltará o produto bruto no mundo. A organização garante que as sanções contra a Rússia, devido à invasão ordenada pelo presidente Vladimir Putin na Ucrânia, não afetarão o abastecimento mundial.