A seca dos rios na Amazônia vem afetando boa parte da economia do Acre, principalmente quando se trata de mercadorias que são produzidas fora do estado.
A Honda é um exemplo disso, onde os veículos (motos e motores, etc) produzidos no Amazonas, são embarcados em balsas e vem de Manaus a Porto Velho pelo rio Madeira, mas devido a seca extrema, por vezes tem encalhado( dar em seco, ficar preso em obstáculo), dificultando assim a chegada desses produtos em Porto Velho – RO.
Atualmente, a empresa tem quatro carretas e contêineres, com mais de 100 motos cada, parados em uma embarcação que está encalhada entre os municípios de Manicoré e Humaitá, não conseguindo com isso, chegar até o destino final. Desses veículos, pelo menos 60 motocicletas são para o Juruá, especialmente para Cruzeiro do Sul.
Desse modo, há uma necessidade de conclusão do asfaltamento da BR – 319 que liga Porto Velho a Manaus. A estrada é crucial para a circulação de produtos, que poderiam ser transportados via rodoviária até o seu destino, evitando contratempos e transtornos.
“Faltam apenas 500 km para a conclusão da BR 319. A ausência de asfaltamento nessa estrada afeta não só o Acre, mas também toda a produção de Manaus, que para trazer uma carga para o Acre, é necessário enviar para Belém, para depois pegar a via rodoviária até Brasília e só então trazer o produto ao nosso estado”, destacou Edvaldo Nascimento, gerente da concessionária Juruá Motocenter Honda em Cruzeiro do Sul – AC.
No Juruá, os produtos que vem via embarcação, tem duração de 40 dias para chegar ao local, e isso acontece mesmo com o rio estando em condições de navegações, prejudicando não só clientes de Cruzeiro do Sul, mas de todo o Acre.