Um homem foi preso suspeito de bater e tentar esganar a neta de 17 anos após ser questionado sobre o dinheiro do benefício da jovem. O crime ocorreu nessa segunda-feira (8) em Feijó, interior do Acre, e a prisão foi feita horas depois quando a vítima buscou a delegacia e denunciou o avô, que tem 60 anos.
Segundo a Polícia Civil, a vítima tem deficiência mental, contudo, não foi especificado o diagnóstico dela. O suspeito estava bêbado no momento do crime.
O delegado responsável pelo caso, Marcílio Laurentino, explicou que o suspeito é agricultor e criou a neta como filha após a morte da mãe dela. Ele passa a maior parte do tempo na zona rural, contudo, quando aparece na cidade passa a ingerir bebidas alcoólicas.
Na segunda, a jovem questionou o avô, responsável por fazer a retirada de seu benefício, sobre o destino dado ao dinheiro. O agricultor ficou irritado, pegou um pedaço de madeira e foi para cima da jovem.
“A madrasta dela viu e tentou ajudar. Ele soltou a tábua e agarrou no pescoço dela. Conseguiram tirar e ela correu para a delegacia. Chegou lá com o pescoço todo arranhado. Ele estava com dois dias bebendo e ela foi reclamar do dinheiro que não é repassado”, explicou o delegado.
Ao saber do caso, o delegado foi até a residência da família com uma policial e prendeu o agricultor em flagrante. Na delegacia, o agricultor alegou que usou o dinheiro da neta para pagar uma conta de R$ 500 em uma loja de roupas, comprou R$ 400 de carne e o restante comprou outros alimentos para a família.
“O dinheiro não é para ela, pelo visto é para a casa. Por isso ela reclamou, por não ver a cor do dinheiro. Não apresentaram documentação da deficiência mental dela, é um pessoal simples. Disseram que quem recebia o dinheiro era a mãe dela, mas a mulher morreu e ficou o avô responsável para receber”, contou.
O suspeito foi liberado após pagar uma fiança de R$ 2,4 mil. A jovem morava com o avô há três anos. Agora ela ficará sob a responsabilidade de uma tia.
Canais para denunciar violência
Os canais para denunciar casos de violência contra a mulher e outros tipos de violência são o 190 e Ministério Público Estadual. Veja abaixo outras formas de denunciar casos de violência:
- Polícia Militar – 190
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes envolvendo agressão física;
- Qualquer delegacia de polícia;
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
- Ministério Público;
- Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).