Vem sendo cada vez mais comum avistar nos céus de Cruzeiro do Sul a prática de atividades com paramotor, paratrike e também aeromodelismo.
O paramotor é uma aeronave leve de uso frequente no parapente graças a um motor e hélice fixadas na parte traseiras, utilizada por uma pessoa para voo. O nome vem da combinação das palavras “paraquedas” e “motor”.
Já o paratrike é a combinação do parapente com o “trike” — veículo motorizado que proporciona ao piloto e passageiro maior conforto para realizar todos os procedimentos de voo.
A modalidade conta atualmente no município com 23 participantes diretos, a maioria com equipamentos próprios. Já o aeromodelismo é uma atividade recreativa que consiste na construção e voo de aeronaves de tamanho reduzido, que são ativadas e guiadas através de controle remoto.
Atualmente as modalidades acontecem numa área da família Sá, situada no bairro Boca da Alemanha. Devido algumas dificuldades enfrentadas em termos de local para essas práticas de voos das 2 atividades, entre outras iniciativas, os participantes resolveram criar a Associação Juruaense de Aeromodelismo e Paramotor (AJAP).
“Há muito tempo que a gente vem sendo literalmente expulso de alguns lugares que a gente achava que poderia se estabelecer como uma pista, um lugar pra gente brincar com o aeromodelismo. Daí surgiu a ideia de juntar o aeromodelismo com o paramotor. E como o paramotor já tem um espaço, nós criamos uma associação e juntamos os dois esportes com o intuito de agregar mais ainda participantes dentro de um espaço onde a gente possa praticar nosso esporte”, conta Nicolau Antum, presidente da AJAP.
O advogado Davi Azevedo de França está acompanhando os trâmites para a criação da Associação. “Nesse caso, nós precisamos inicialmente registrar o estatuto, que é a formalização das leis da Associação. Posteriormente, a Associação terá um CNPJ a partir desse estatuto. Para também fazer jus a algum benefício que seja concedido pelos entes públicos do Estado e município.
João Sandim é praticante de aeromodelismo há mais de 10 anos. Segundo ele, a atividade está crescendo e muitos já sabem até fabricar os modelos de aviões. “A gente manda buscar a parte eletrônica de aeromodelismo, que vem de São Paulo e outras capitais. Hoje a gente compra a maior parte da China, que tem um preço mais acessível. O material que usamos para construir é material reciclável (isopor, madeiras)”.
O aeromodelista conta ainda que um trem de pouso que custa em torno de 25-30 reais se comprado de fora, pode ser feito de forma artesanal aqui na região de uma forma bem mais barata, com materiais como EVA e chinelos de borracha.
O piloto Carlos Sampaio acredita que a união das duas modalidades irá fortalecer a categoria. “Essa junção irá trazer bons frutos para nós, praticantes”, finalizou.