Washington Neto, 45 anos, é um dos seis brasileiros que esteve entre 108 paraquedistas que realizaram feito no dia 26 de outubro, no Arizona. “É o suprassumo de todo paraquedista”, diz
O acreano Washington Jorge Neto está na história do paraquedismo. Aos 45 anos, ele foi um dos seis brasileiros que participaram de salto que valeu recorde mundial na modalidade, no dia 26 de outubro, no estado Arizona, nos Estados Unidos.
Após quatro dias de treinamento, 108 paraquedistas de mais de 20 países concretizaram a marca ao saltarem de cinco aeronaves e montarem três figuras no ar durante a queda, feito definido como 108 way total brealk três pontos.
– Significa que 108 paraquedistas de cinco aeronaves se encontram no céu para montar uma figura. Uma vez montada essa figura, a gente se separa e monta outra figura. Uma vez montada a segunda, por seguinte a gente monta a terceira figura. É a primeira vez na história do paraquedismo mundial que se faz um salto com mais de 100 paraquedistas e montam três pontos saindo a 18 mil pés. Foi um superdesafio. Eram 16 saltos para fazer esse recorde e a gente conseguiu fazer no 15º.Às vezes a gente até chegou a pensar que não ia dá. Era realmente muito difícil, envolvia muita gente. Eram mais de 20 países participando nesse evento, os melhores paraquedistas de cada país – destaca em vídeo enviado ao ge.
Washington Neto, que atualmente está no top 14 do mundo, destaca que além dele no grupo de paraquedistas havia outros cinco brasileiros. A maioria integra a equipe atual tricampeã nacional indoor e outdoor.
– Viemos em cinco brasileiros do Brasil e mais um que já mora, acho que há quase 20 anos nos Estados Unidos, também participou. Então, foi um seleto de grupo de superatletas pra conseguir fazer algo que às vezes poderiam achar que é impossível se fazer. Mas estamos muito gratificados, foi muita disciplina, todo dia acordando muito cedo, dormindo muito tarde, horas e horas de briefing pra gente conseguir executar tudo isso – enfatiza.
O acreano iniciou no esporte em Rio Branco há 23 anos, mas só passou a participar de competições em 2018.
– Pra esses recordes mundiais você tem que ser conhecido mundialmente em eventos internacionais de ponta, bem como competições internacionais. Estou na seleção brasileira há três anos e, portanto, fiquei conhecido pelo ‘pouco tempo’ que tenho na elite do paraquedismo mundial. Sempre fui apaixonado por esportes radicais, mas há cinco anos fui convidado pra participar de um time. Nunca tinha competido no esporte, fiquei maravilhado mais ainda com a competição e deu certo! Nos últimos três anos nós conseguimos o título de campeão brasileiro trazendo pro Acre e agora a gente pode trazer o título de recordista mundial. Realmente é o suprassumo de todo paraquedista, é o sonho realizado – finaliza.