A acreana Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, que teve 90% do corpo queimado em um ataque do ex-namorado, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta quarta-feira (25), no Hospital Municipal de Cuiabá, no Mato Grosso.
A equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa) foi acionada no início da manhã para fazer a liberação do corpo, que foi encaminhado para necropsia no IML (Instituto Médico Legal) em Cuiabá.
Juliana havia ficado internada na unidade durante 16 dias. O acusado do crime é Djavanderson de Oliveira Araújo, ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento. O caso aconteceu em Paranatinga, interior do estado.
A mãe da jovem, Rosicléia Magalhães, que mora no Acre, destaca que a filha não estava feliz com o relacionamento, e que ela iria pedir uma medida protetiva contra Djavanderson. Na noite do fato, as duas teriam conversado por ligação, e Juliana teria contado de sua decisão, o que fez com que a mãe desconfie que o acusado tenha clonado o telefone da vítima.
“Eu falei pra ela entrar com a medida protetiva e vir embora. Mas ele deve ter clonado o telefone dela, viu as mensagens e atraiu ela até a casa, dizendo que tinha atropelado alguém, e pediu para ela ajudar ele. Antes ela já tinha me falado que os dois estavam separados há 3 meses, que tinha ido buscar as coisas dela que tinham ficado na casa e ele não queria deixar ela ir embora. Mas falei pra ele soltar ela se não ia dar problema, e ele deixou ela sair para o trabalho”, informa.
Ainda de acordo com Rosicléia, Juliana e Djavanderson se conheceram durante a escola, na cidade de Porto Acre. Ela não aprovava a relação, pois os pais do acusado teriam cometido crimes no Estado do Pará. Tempo depois, mandou a filha para morar com a irmã em Cuiabá, e depois de 8 meses soube que o acusado teria se mudado para Mato Grosso, engatando novamente o namoro.
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