A atacante acreana Valéria Paula, 29 anos, pode dizer que teve um fim de semana perfeito. Depois de três temporadas atuando no futebol português, aonde defendeu Torreense, Ouriense, Lank Vilaverdense, ela foi anunciada como reforço do Botafogo para a disputa do Campeonato Brasileiro Feminino Série A2 na última sexta-feira (22).
No dia seguinte, mesmo ainda não estando com o mesmo ritmo de jogo das companheiras de elenco já que estava de férias, foi relacionada para o clássico contra o Vasco, pela sexta rodada da primeira fase, entrou em campo aos 24 minutos do segundo tempo e aos 38 marcou o segundo gol do Alvinegro no empate por 2 a 2.
– Feliz de poder estrear e já estrear com gol, poder ajudar o Botafogo da melhor maneira possível. Depois de três longas temporadas jogando em Portugal, recebi a proposta pra jogar aqui. Estou muito feliz com a minha nova casa e espero ser muito feliz aqui, espero ganhar títulos aqui e, principalmente, o nosso foco principal é o acesso e trabalhando eu sei que vai dar muito certo – afirmou em entrevista.
Valéria é natural da cidade de Plácido de Castro, no interior do Acre. Após defender a Assermurb no estado natal foi atuar pelo Ceará antes de seguir para o futebol europeu. A atacante revela que já desejava voltar ao Brasil e a proposta do Botafogo apareceu para realizar essa vontade, por isso a escolha pelo clube carioca.
– Eu tinha passado três anos em Portugal e minha vontade era voltar pro Brasil. Acabou o contrato em Portugal, vim de férias pro Brasil e meus empresários entraram em contato comigo dizendo que havia um interesse muito grande do Botafogo e outro clube também muito interessado. Então, a partir de uma conversa eu conheci o treinador, que desde 2019, antes de eu ir pra Portugal, me queria trabalhando com ele e quando voltei ele retornou com esse interesse de que eu trabalhasse com ele, que está comandando o Botafogo. Então, como quis ficar no Brasil, recebi uma proposta muito boa do Botafogo e aceitei – destacou.
Vestindo a camisa de um grande clube no Brasil, Valéria pode ter visibilidade para quem sabe ganhar uma oportunidade com a camisa da seleção brasileira. O sonho existe, mas não é algo tratado como objetivo de carreira e sim como consequência do trabalho.
– Seleção brasileira é consequência do que você faz. Sempre acho que qualquer jogadora pensa sim na seleção brasileira, mas pra mim isso é consequência de muito trabalho, foco naquilo que tenho pra fazer, procuro fazer um bom trabalho. E pra mim é o mais importante no momento. Se vier seleção, bem, fico muito feliz. Se não vier vou continuar trabalhando até chegar minha hora. Se for da vontade de Deus vai dar certo – finaliza.