Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 10:49

Acre é o estado onde as pessoas são menos a favor do cancelamento do carnaval, diz pesquisa

A pesquisa diz também que pelo menos 26% das acreanas não teriam medo de contrair o vírus se carnaval tivesse sido liberado

Um estudo realizado pelo Instituto Trocando Fraldas e divulgado nesta semana mostra que o Acre é o estado que menos é a favor da suspensão do carnaval: apenas 78% dos acreanos concordam com a medida.

O levantamento, que contou com a participação de mais de 7,5 mil homens e mulheres entre 17 e 24 de janeiro de 2022, enfatiza, em termos gerais, que 89% dos brasileiros que integraram a pesquisa falaram que teriam medo de pegar a Covid no carnaval. Dos homens pesquisados, 74% informaram este receio. Já do total de mulheres, 90% destas afirmaram ter medo.

No Acre, pelo menos 26% das acreanas não teriam medo de contrair o vírus. Apesar de, consequentemente, 74% terem medo, o estado ainda detém o maior percentual de ‘destemidos’ com relação a ir para o carnaval e não se preocupar com o vírus.

Em segundo lugar, aparece Santa Catarina e Rio Grande do Norte, com 14%, e logo em seguida, o Rio de Janeiro, com 13% das mulheres que iriam para o carnaval mesmo cientes da contaminação. Já o estado onde concentra-se o maior percentual de brasileiras que temem a Covid-19 é Rondônia, com 94%.

Foto: Divulgação/Instituto Trocando Fraldas

O estado também aparece na pesquisa quando o assunto é a participação dos conterrâneos no carnaval caso não tivesse sido cancelado. O Acre figura na 17ª colocação, sendo o último da região Norte em termos de adesão.

Nesse contexto, os especialistas falam que as chances de ser contaminado em festas com muita concentração de pessoas, como é o caso do carnaval, seriam altas.

“Sabe-se que o carnaval é um evento cujas peculiaridades de grande movimentação de pessoas e aglomeração, por períodos prolongados, apresenta as condições para que prospere a incidência da covid-19. Os especialistas enfatizam, além disso, que a festa proporciona um alto contato interpessoal, de modo que se torna difícil evitar a transmissão viral”, diz a pesquisa.

DECRETO NO ACRE

No Acre, o governador Gladson Cameli publicou, no início de janeiro, um decreto que proíbe a realização de eventos com mais de 300 pessoas no Acre, visando conter o avanço da variante ômicron. Naquele mês, o estado bateu recorde de infectados desde o início da pandemia.

Antes de sofrer alterações, o decreto seria válido até o dia 2 de fevereiro. Com a modificação, a medida passa a valer até dia 31 de março. No início de fevereiro, a Prefeitura de Rio Branco também havia anunciado o cancelamento do carnaval por conta da pandemia. No entanto, festas privadas ainda acontecem no estado.