Em Cruzeiro do Sul, ocorre o crescimento no número de pessoas em situação de rua e de dependência química. Com aproximadamente 100 mil habitantes, cerca de 90 pessoas ainda vivem nas ruas, muitas delas enfrentando problemas de dependência química. Locais como o centro da cidade e o terreno baldio próximo ao cemitério tornaram-se propícios para a utilização de drogas e ingestão de álcool a qualquer momento do dia.
A coordenadora do Centro Especializado em Assistência Social (CREAS), Luana Mota, destaca a importância de estabelecer vínculos com essas pessoas, oferecendo ajuda, apoio, e uma nova oportunidade de vida que vai além da situação em que elas se encontram. No entanto, a resistência à assistência é frequente, principalmente devido ao estado de intoxicação. Apesar das dificuldades, nos últimos meses, 55 moradores de rua foram encaminhados para casas terapêuticas.
Bruno, 28 anos, mora nas ruas há apenas alguns meses, ele relata que se sente preso a essa situação. A psicóloga Valéria Lima explica que muitos desses indivíduos não chegam às ruas por escolha, mas sim como resultado de um ciclo de vulnerabilidade que se agrava com o uso de substâncias.
No município, as autoridades realizam ações para apoiar essas pessoas, incluindo a distribuição de alimentos e serviços de saúde, como vacinação e cortes de cabelo. Apesar dos esforços, a luta contra a dependência e a reintegração social é desafiadora, exigindo um apoio verdadeiro e comprometido da sociedade.