Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta terça-feira, 12, com investidores analisando dados da inflação nos Estados Unidos divulgados nesta manhã. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 1,2% em março ante fevereiro, e foi a 8,5% no acumulado anual — o maior patamar desde o fim de 1981. O salto inflacionário aumenta a pressão pelo aumento de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (Fed). Por volta das 12h30, o dólar registrava queda de 0,5%, a R$ 4,667. A divisa norte-americana chegou a bater a máxima de R$ 4,695, enquanto a mínima não passou de R$ 4,623. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,4%, a R$ 4,690. O cenário fazia o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, subir 0,6%, aos 117.692 pontos. O pregão desta segunda-feira, 11, fechou com queda de 1,16%, aos 116.952 pontos.
No cenário doméstico, os investidores seguem analisando as falas na véspera do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre surpresas com o avanço de 1,62% em março da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o maior registro para o mês em 28 anos. O resultado fez o acumulado em 12 meses subir a 11,3%. Para analistas, os sinais da autoridade monetária indicam para o alongamento da trajetória de juros, hoje em 11,75% ao ano. No último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que deve fazer novo acréscimo de 1 ponto percentual no mês que vem.