Após uma mulher de 49 anos ser agredida por uma paciente com problemas mentais no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, a situação expôs uma falha no atendimento da unidade. Francisca Vieira da Silva, que acompanhava sua mãe de 89 anos no hospital, relatou que a agressora estava internada na mesma ala e desferiu um tapa em seu rosto, além de destruir seu celular e puxar a cama onde sua mãe estava.
Francisca criticou a falta de segurança e o descaso com os idosos, afirmando que a presença de pacientes psiquiátricos em enfermarias comuns coloca a vida de todos em risco. “Minha mãe corre risco de vida”, desabafou. Ela pediu que as autoridades tomem providências para evitar que situações como essa se repitam e que a segurança no hospital seja reforçada. Segundo ela, a questão não pode ser ignorada e precisa de uma solução urgente.
O diretor clínico do hospital, Reginaldo Brandão dos Santos, reconheceu a gravidade do incidente e explicou que a falta de leitos especializados para pacientes com transtornos mentais é uma das principais dificuldades enfrentadas pela instituição. Sem essas acomodações, os pacientes psiquiátricos são colocados em enfermarias comuns, o que aumenta o risco de incidentes durante crises. Ele afirmou que a agressora estava medicada e contida, mas conseguiu se soltar, resultando no ataque.
Em resposta ao caso, a direção do hospital tomou medidas para isolar a paciente agressora e reforçar a segurança. Reginaldo informou que estão em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (SESAC) para buscar soluções, incluindo a ampliação da capacidade de atendimento e a criação de leitos adequados para casos psiquiátricos, que atualmente só existem na capital Rio Branco.
