Cruzeiro do Sul, Acre 28 de novembro de 2024 00:56

Everson Costta e Ramon Dino: os acreanos que vão competir no Mr. Olympia 2024

Pela primeira vez, o Acre terá dois atletas participando da principal competição do fisiculturismo mundial. Entre os dias 10 e 13 de outubro, Everson Costta e Ramon Dino representarão o estado e o Brasil – ao lado de outros 47 brasileiros – no Mr. Olympia 2024, em Las Vegas.

ge traz abaixo um perfil dos dois atletas, que serão rivais na categoria Classic Physique. Confira:

Everson Costta

Natural do município de Plácido de Castro, no interior do Acre, ele iniciou no fisiculturismo em 2017 treinando em Rio Branco e competiu pela primeira vez no ano seguinte como atleta da categoria Men’s Physique.

Everson Costta iniciou no fisiculturismo no ano de 2017 — Foto: Arquivo Pessoal

Everson Costta iniciou no fisiculturismo no ano de 2017 — Foto: Arquivo Pessoal

Em 2023, aos 30 anos, foi campeão do Mr. Olympia Brasil na categoria Classic Physique, título que garantiu a vaga ao Mr. Olympia 2024.

Em entrevista ao ge após o título, Everson declarou que estava realizando um sonho. Também ao ge, participando do quadro Resenha Aquiry, ressaltou que focaria na preparação para o Mr. Olympia com o objetivo que o Top 10, mas desejando estar entre os cinco primeiros nos próximos anos.

Everson Costta, fisiculturista acreano — Foto: Divulgação/Mr. Olympia Brasil - Musclecontest Internacional

Everson Costta, fisiculturista acreano — Foto: Divulgação/Mr. Olympia Brasil – Musclecontest Internacional

Antes de vencer o Mr. Olympia Brasil, ele participou de uma competição em Recife (PE), foi terceiro colocado e recebeu R$ 3 mil em premiação. O valor do prêmio foi investido em file de tilápia para competir no Mr. Olympia Brasil, onde foi campeão.

Nascido em Rio Branco, capital acreana, Ramon Dino tem 29 anos e começou ainda na adolescência a fazer exercícios de calistenia ao ar livre, no Horto Florestal de Rio Branco, todos os dias, às vezes por horas.

Ele ganhou massa muscular e foi notado pelo professor de musculação Marcio Garcia, que enxergou potencial no jovem, na época com 18 anos, e o convidou para competir. Eles foram atrás de patrocínios juntos, e Marcio passou a ajudar Ramon com os treinamentos.

Ramon pratica calistenia em praça pública — Foto: Reprodução YouTube

Ramon pratica calistenia em praça pública — Foto: Reprodução YouTube

Em 2016, aos 21 anos, Ramon estreou como amador no Campeonato Estadual de Rondônia, já que não existiam torneios no Acre naquela época, vencendo a disputa na categoria Men’s Physique. No ano seguinte, se tornou campeão brasileiro amador, em competição realizada em Florianópolis.

Com a conquista, Ramon se classificou para o Olympia Amador Brasil 2018, a ser disputado em São Paulo. Desempregado e sem patrocinador, o acreano se desfez de bens, vendeu rifas e negociou para treinar de graça em academias. Na época, a dieta dele era baseada em arroz e ovos. Com dificuldade, Ramon conseguiu custear a viagem, venceu o campeonato e conquistou o seu pro card.

Em 2020, o influenciador fitness Tiago Toguro convidou Ramon para fazer parte da Mansão Maromba, casa de criadores de conteúdo em São Paulo.

Foi na época da mansão que Ramon ganhou o apelido de Dinossauro, tornando-se Ramon Dino, já que Toguro costumava fazer piadas sobre o Acre, dizendo que o estado “não existe” e que “lá tem dinossauro”.

Ramon Dino em apresentação na final da categoria Classic Physique do Arnold Classic Ohio 2024 — Foto: Reprodução/Arnold Sports

Ramon Dino em apresentação na final da categoria Classic Physique do Arnold Classic Ohio 2024 — Foto: Reprodução/Arnold Sports

Em 2021, Dino estreou como profissional no Europa Pro, em Alicante, na Espanha. O objetivo era conquistar o top-5, mas Ramon surpreendeu e terminou em 2º lugar, ganhando também a vaga no Olympia do mesmo ano.

Na maior competição do fisiculturismo, Dino teve uma performance impressionante e terminou na 5ª colocação. Também em 2021, Dino venceu o Muscle Contest Brazil, o primeiro título profissional da carreira.

Em 2022, Dino conquistou o vice no Olympia e no Arnold Classic. No ano seguinte, repetiu a 2ª colocação no Olympia e levou o troféu do Arnold, sendo alçado ao posto de maior nome brasileiro no fisiculturismo.